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Ricardo Maranhão
Diretor jurídico da Associação dos Engenheiros da Petrobrás (AEPET)

Editorial da Folha é tendencioso, com opiniões equivocadas

O editorial comete injustiças e subtrai dos leitores informações fundamentais para que os mesmos possam avaliar

Publicado em 30/08/2024
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Assinante da FOLHA DE SÃO PAULO, há muitos anos, leitor assíduo do jornal, admiro a qualidade do noticiário e o equilíbrio que caracteriza os seus editoriais.

Por isso, estranho, lamento e discordo do Editorial PRIVATIZAR PETROBRAS, CAIXA e BANCO DO BRASIL, 24.08.2024, injusto com três empresas estatais, com décadas de contribuições decisivas para o desenvolvimento do País. Refiro-me à CAIXA ECONÔMICA, ao BANCO DO BRASIL e à PETROBRÁS. Especialmente a esta última, que conheço bem, por haver ocupado, com muito orgulho, cargos técnicos e gerenciais, durante quase 30 anos.

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O Editorial é tendencioso, com opiniões equivocadas, comete injustiças e subtrai dos leitores informações fundamentais para que os mesmos possam avaliar, adequadamente, a importância da Companhia para o desenvolvimento e a segurança energética do País.

A PETROBRÁS é uma empresa pujante, vitoriosa, lucrativa, que, embora jovem, aos 70 anos, em uma indústria com mais de 160 anos, já se situa entre as 10 maiores do mundo.

Sua importância decorre das dezenas de milhares de empregos, de alta qualificação, das centenas de fornecedores de materiais/equipamentos e prestadores de serviços dos bilhões de dólares pagos em impostos/"royalties" e também da economia de divisas.

Sua competência tecnológica permitiu a descoberta do PRÉ-SAL, feito notável, sem precedentes no mundo, nos últimos 20 anos.

A PETROBRÁS é reconhecida pela Comunidade Petrolífera Internacional, reunida na OTC - Offshore Technology Conference, que lhe outorgou sucessivos prêmios em razão da liderança mundial na exploração e produção de petróleo em águas profundas e ultraprofundas.

A FOLHA refere-se à PETROBRÁS e a sua atividade como TABU. Uma afirmação equivocada, impensada. Na verdade, a política do petróleo no Brasil e, também, a criação da PETROBRÁS, são frutos da vontade nacional expressa na memorável CAMPANHA DO PETRÓLEO, o maior movimento de mobilização popular em nosso País e, também, de intensos e democráticos debates no Congresso Nacional por quase 2 anos. Privatizar a PETROBRÁS pode ser um sonho do Editorialista da FOLHA. É proposta insensata, em uma indústria cada vez mais controlada e dirigida pelos Estados Nacionais, em todo o mundo.

Peço à Direção da FOLHA levar aos leitores informações que registro em meus artigos anexos, PRIVATIZAR TUDO É A SOLUÇÃO? e PROPOSTA DÉMODÉ.

Ricardo Maranhão
Diretor da AEPET - Associação dos Engenheiros da PETROBRÁS
Conselheiro Vitalício do Clube de Engenharia - RJ
Ex-Vereador e Deputado Federal - PSB-RJ

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