Siga a AEPET
logotipo_aepet

Em um ano, aumento nas importações de diesel foi de 548,1%. Gasolina 950,0%

Saída para desabastecimento tem que ser importação?

Publicado em 22/10/2021
Compartilhe:

 

Apesar de ser autossuficiente no setor, com uma produção de petróleo e gás natural do Pré-sal, em setembro de 2,85 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boe/d) – representando 74,10% do total nacional (3,84 milhões de boe/d) – o maior registro histórico mensal, tanto em termos absolutos quanto em percentual de participação na produção total do país.

Esses números não são suficientes para impedir que o Brasil se transforme em grande importador de combustíveis para evitar o desabastecimento, possibilidade endossada pela própria Petrobras, quando admitiu que não conseguirá atender todos os pedidos de gasolina e diesel recebidos para o próximo mês. Cerca de 80% do consumo interno de derivados é abastecido por refinarias domésticas, quase todas pertencentes à Petrobras, e os demais 20% são resolvidos com importação.

Países árabes como Arábia Saudita, Argélia e Iraque estão entre os fornecedores de produtos petrolíferos ao Brasil. A própria Petrobras informou nesta semana que a demanda adicional de derivados poderá ser absorvida por empresas importadoras.

Segundo o relatório de produção e vendas da Petrobras do 3º Trimestre de 2021, divulgado na quarta-feira, o crescimento nas vendas de derivados para o mercado interno aconteceu no mesmo momento em que houve significativo aumento no volume de importações, que cresceram na ordem de 116,1% (de 192 mil bpd no 3T20 para 415 mil bpd no 3T21), sobretudo em virtude das importações extraordinárias de Diesel e Gasolina. Só nesses dois combustíveis, o aumento nas importações foi da ordem de 548,1%, no caso do Diesel, e nada menos que 950,0% no caso da Gasolina. Segundo a Petrobras, esse aumento das importações ocorreu em função ao aumento das vendas no mercado doméstico.

"Vai haver aumento na importação", disse a Agência de Notícias Brasil-Árabe (Anba) o diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), Pedro Rodrigues. Há resistência do mercado a essa opção, porém, já que os preços de combustíveis em outros países estão acima dos patamares praticados no Brasil pela Petrobras.

A venda de ativos ligados diretamente a refino está levando a produção de petróleo ao mesmo destino do setor siderúrgico, onde o Brasil é o maior produtor de minério de ferro mas importa toda a necessidade de aços nobres. A falta de investimento em mais refinarias levará o país a virar grande produtor de petróleo e grande importador de combustível para consumo interno.

Fonte: Monitor Mercantil

Receba os destaques do dia por e-mail

Cadastre-se para receber os principais conteúdos publicados pelo Jornalismo da AEPET.

Ao clicar em ”Quero receber” você aceita receber nossos e-mails e concorda com a nossa política de privacidade.
Aislan Loyola
Compartilhe:
guest
0 Comentários
Feedbacks Inline
Ver todos os comentários

Gostou do conteúdo?

Clique aqui para receber matérias e artigos da AEPET em primeira mão pelo Telegram.

Continue Lendo

Receba os destaques do dia por e-mail

Cadastre-se para receber os principais conteúdos publicados pelo Jornalismo da AEPET.

Ao clicar em ”Quero receber” você aceita receber nossos e-mails e concorda com a nossa política de privacidade.

0
Gostaríamos de saber a sua opinião... Comente!x