Mensagem para 2022
Chega de alienação dos ativos petroleiros, pela reversão das privatizações
No início do ano as mensagens são de esperança e de alegrias. Mas viveremos mais um ano da Era das Finanças. Para os nós, brasileiros e petroleiros, ela tem significado o retrocesso, falácias, individualismo exacerbado e egoísta, e o fim do desenvolvimento.
Desde o início desta Era, a Petrobrás sofre mudanças que desestruturam seu modelo vitorioso, que de um grupo de pessoas, trazidas de funções públicas e idealistas, em 1953, construíram para se tornar das maiores empresas mundiais de petróleo, dotada da mais avançada tecnologia de prospecção e produção de petróleo, o que não fossem os seguidos prêmios internacionais recebidos, a produção de petróleo do pré-sal e a perfuração do poço exploratório oceânico mais profundo do mundo, a 145 quilômetros da costa brasileira, representam vitórias incontestáveis.
O recente sucesso cinematográfico do roteirista e diretor Adam McKay, "Não olhe para cima", é a síntese irônica mais contundente da Era das Finanças: governos psicopatas, ausência de empatia, fraudes, mídias que drogam as mentes dos que as seguem, e a corrupção das finanças por toda sociedade. Se não aponta um final feliz, nós podemos transformar nossa realidade petroleira e nacional: com esclarecimento, saindo da bolha ideológica liberal, e confrontando os fatos com as versões, e na união, compreendendo que individualmente somos fracos e derrotados, nossa força está na união e na participação.
A Diretoria da AEPET, neste ano de muitas agressões para manter o poder das finanças, incentiva todos a abrirem olhos e mentes para a realidade e se unirem na defesa da Petrobrás e do Brasil. Chega de alienação dos ativos petroleiros, pela reversão das privatizações.
PRIVATIZAÇÃO FAZ MAL AO BRASIL
Na indisfarçável demonstração que a privatização da RLAM foi um crime contra a sociedade e economia brasileira, a financeira do Emirado Abu Dhabi, adquirente Mubadala/Acelen, já desabasteceu o mercado de combustíveis para embarcações na Baia de Todos os Santos, recusou a reduzir o preço da gasolina, e ameaça o fornecimento de gás liquefeito de petróleo para o Nordeste. Privatizar não aumenta a competitividade, nem melhora a qualidade do produto ou reduz o preço ao consumidor. Apenas procura lucrar o máximo e no menor tempo.
ENERGIZANDO
* O saldo de US$ 61 bilhões da balança comercial brasileira comemorado pelo Governo e a mídia liberal-financeira demonstra somente que somos uma colônia exportadora de produtos primários: ferro, soja e petróleo cru.
** A AEPET-BA faz apelo solidário pelas famílias baianas vítimas das fortes chuvas na região. Para contribuir, use o PIX 73991593126 (Léia Nascimento da Silva – telefone/celular). Há outras formas de ajudar. Clique aqui para ver. https://aepetba.org.br/v1/2022/01/04/vitimas-das-fortes-chuvas-da-bahia-precisam-da-sua-ajuda/ )
*** Além de revogar as privatizações de empresas de energia e centrais térmicas realizadas pelo governo de seu antecessor, Mauricio Macri (2015–2019), o presidente da Argentina, Alberto Fernández, também anulou decreto de Macri que recomendava a venda de diversos ativos na área de energia, sobretudo termoelétricas.
**** Entraram em vigor no último dia 1º os contratos swap através dos quais a Petrobrás processará o gás produzido por três petroleiras multinacionais, viabilizando o acesso direto delas ao mercado. Na opinião do ex-diretor da Petrobras Guilherme Estrella, por essas e outras a estatal passou a ser "financiadora" das petroleiras estrangeiras.
***** Segundo a consultoria norueguesa Rystad Energy, em 2022 o preço do petróleo se manterá pressionado devido ao baixo volume de novos poços que vêm sendo descobertos, o menor em 75 anos. A Rystad Energy projeta que o barril deve ficar de US$ 80 a US$ 85 este ano.
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