Os preços do petróleo ultrapassam os US$120, com temor de uma proibição do petróleo russo
Os preços do petróleo recuaram depois de terem atingido mais de US$ 130 por barril na noite de domingo,
com os mercados em pânico com um possível embargo ao petróleo russo.
Os Estados Unidos e seus aliados europeus estão discutindo a proibição das importações de petróleo russo na mais recente tentativa de punir Moscou por sua incursão na Ucrânia.
A Europa é fortemente dependente do gás russo e um pouco menos dependente de seu petróleo, mas, de acordo com fontes não identificadas próximas às negociações, os governos europeus estão mais dispostos a sancionar as exportações de petróleo, informou a Reuters na manhã desta segunda-feira (07)
"Estamos agora em discussões muito ativas com nossos parceiros europeus sobre a proibição da importação de petróleo russo para nossos países, enquanto, é claro, ao mesmo tempo, mantemos um suprimento global estável de petróleo", disse o secretário de Estado dos EUA, Anthony Blinken, à NBC.
"O objetivo é isolar a Rússia e tornar impossível para Putin financiar suas guerras", disse a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, à CNN no domingo. "Para nós, há uma estratégia forte agora para dizer que temos que nos livrar da dependência de combustíveis fósseis da Rússia."
Ao mesmo tempo, o Congresso dos EUA está trabalhando em seu próprio conjunto de sanções contra o petróleo russo, embora os Estados Unidos importem cerca de 200.000 bpd de petróleo russo e cerca de meio milhão em produtos refinados que podem ser difíceis de substituir devido às sanções contra a Venezuela e Irã.
Enquanto isso, analistas estão alertando que a proibição do petróleo russo elevaria ainda mais os preços.
"Um boicote colocaria uma enorme pressão no fornecimento de petróleo e gás que já sentiu o impacto do aumento da demanda", disseram analistas da CMC Markets.
"Os preços provavelmente subirão no curto prazo, e um movimento para US$ 150 o barril não está fora de questão", disseram os analistas, "tal movimento colocará mais pressão sobre as economias globais, elevando a inflação, deixando os bancos centrais debatendo com que rapidez os aumentos das taxas devem ser implementados."
Fonte: Oilprice.com
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