Produção de derivados retrocede uma década no Brasil
“Tudo isso é o retrato da obra do grande gestor Pullen Parente.”
A conclusão é do consultor e geólogo Luciano Chagas, sobre a notícia de que a produção de derivados de petróleo caiu para o menor volume desde 2009, para 642,4 milhões de barris equivalente de petróleo (bep), uma queda de 4,7% na comparação com o ano anterior. O fato se dá após 10 anos do início das obras do Comperj, que tinha como objetivo processar 8% da produção brasileira na época, o que deixaria o Brasil autossuficiente e até exportador de petroquímicos.
No entanto, com a Operação Lava Jato, a situação do Comperj é de abandono, bem como a das refinarias Premium do Nordeste. Aliás, desde 2014 o Brasil acumula quedas na produção de derivados de petróleo. A Petrobras abandonou os projetos para refinarias e suas modernizações. A ideia inicial era de que o petróleo produzido no Brasil fosse transformado em combustíveis e produtos de alto valor agregado na Refinaria Abreu e Lima (Rnest) e no Comperj. Mas com os problemas nestas obras, a Petrobrás ficou sem capacidade de processar todo o petróleo.
“Isso sem falar da gasolina cara, gás de cozinha caro, etc., além e muito além da queda de faturamento da Petrobras e do aumento da importação de derivados e dos lucros pífios obtidos. As empresas nacionais agora recebem os serviços feitos com atraso e, pasmem, pagamos antecipação de pretensa sentença R$ 10 bilhões ou U$ 2,95 bilhões”, critica Chagas.
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