Por outro lado, nenhuma trabalhadora brasileira se sentiria excluída pelo fato do presidente Getúlio Vargas iniciar os seus discursos dizendo “Trabalhadores do Brasil”, e não “Trabalhadores e trabalhadoras do Brasil”. Naturalmente que a escola em que o Getúlio aprendeu as primeiras letras não era tão avacalhada quanto a que temos tido nas últimas décadas.
O artigo sétimo da Declaração dos Direitos Humanos diz que:
“Todos são iguais perante a lei e, sem distinção, têm direito a igual proteção da lei. Todos têm direito a proteção igual contra qualquer discriminação que viole a presente Declaração e contra qualquer incitamento a tal discriminação”.
Nada acontece por acaso. Dizia Octavio Paz que “Quando uma sociedade se corrompe a primeira coisa que gangrena é a linguagem”.
Muita coisa precisa ser feita para tirar o Brasil do buraco em que se meteu. Uma delas seria “tirar Camões do ostracismo” e parar de degradar o idioma. Desde que o Sarney inaugurou o “brasileiros e brasileiras” a bobagem do “todos e todas” vem se disseminando, perigosamente.
Felizmente, os constituintes de 1988 não estavam contaminados pela “sarneysite”. Caso contrário, em lugar de “TODOS SÃO IGUAIS PERANTE A LEI”, teríamos “TODOS E TODAS SÃO IGUAIS PERANTE A LEI”.
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O artigo sétimo da Declaração dos Direitos Humanos diz que:
“Todos são iguais perante a lei e, sem distinção, têm direito a igual proteção da lei. Todos têm direito a proteção igual contra qualquer discriminação que viole a presente Declaração e contra qualquer incitamento a tal discriminação”.
Nada acontece por acaso. Dizia Octavio Paz que “Quando uma sociedade se corrompe a primeira coisa que gangrena é a linguagem”.
Felizmente, os constituintes de 1988 não estavam contaminados pela “sarneysite”. Caso contrário, em lugar de “TODOS SÃO IGUAIS PERANTE A LEI”, teríamos “TODOS E TODAS SÃO IGUAIS PERANTE A LEI”.
Já era tempo de parar com esse chororô evocativo do passado. Estamos no século XXI, onde a maior potência do planeta é um imenso matriarcado.