Chamado de “amigo particular” pelo presidente eleito Jair Bolsonaro em um vídeo de campanha política, Carlos Victor Guerra Nagem foi indicado pela direção da Petrobras para a gerência executiva de Inteligência e Segurança Corporativa da estatal.
De acordo com a Folha de S. Paulo, o cargo forma o segundo escalão na hierarquia da Petrobras, abaixo apenas da diretoria, com salário em torno de R$ 50 mil.
A empresa defende a indicação de Nagem e alega que o amigo do Bolsonaro trabalha há 11 anos na Petrobras e tem o currículo adequado para a vaga. “Escolhi a melhor pessoa que entrevistei”, afirma o presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco.
Nagem já foi candidato a deputado federal pelo Paraná em 2002 e a vereador de Curitiba em 2016. Nas ocasiões ele concorreu pelo PSC e usou o nome Capitão Victor, já que fez administração na Escola Naval.
Fonte: Revista Forum
Comentários
Enquanto os funcionários públicos do baixo clero estavam sendo assaltados, humilhados e jogados ao crivo da opinião pública sedenta de ódio e preconceito estava tudo bem, agora provem do próprio veneno, saboreiem com prazer o prato da direita no poder, queriam saber como era ter um governo que governa para os abastados, pois bem aí está.
(cont.)
Enquanto isso as aposentadorias e pensões militares ficaram fora disso como as altas aposentadorias de ministros do STF, juízes, promotores, deputados, senadores, ou seja os do alto escalão que dão sustentação a este desgoverno se mantém ricos e intocáveis, e mandioca nos assalariados, e ainda sinaliza com uma nova CPMF, ou com o congelamento das aposentadorias e para o aposentado viver atolado em empréstimos de financeiras e bancos.
Agora que todos já sabem e aprenderam como é ter um governo que governa para os ricos, pois então, prestem atenção para não errar de novo, pois teremos que aguentar este até 2022.
Nessa linha de entendimento o atual governo peca em não ter criado mecanismos eficientes de conferência de integridade, com rigorosos critérios de aferição que antecedesse a designação e posse de seus comandados e assim terminar de vez com os perversos "modus operandi" incutido na mente da grande maioria dos candidatos a cargos públicos de comando, o que convenhamos, não é tarefa fácil, diante da atual realidade brasileira.
Na sexta-feira, por exemplo, ocorreu o último golpe de Eunício Oliveira: rejeitado pelas urnas e de saída do Senado, Eunício liberou gastos de saúde sem limite para ex-senadores — o que beneficiará ele próprio, claro. O dinheiro, é óbvio, sairá do seu bolso, caro pagador de impostos.
O melhor é que Eunício não fez isso às claras. O ato assinado pelo presidente do Senado liberando os gastos não fazia qualquer referência ao assunto.
É como se tivesse sido redigido para não chamar a atenção. A história é ilustrativa do funcionamento do Brasil. Políticos tomam decisões importantes e aumentam gastos no apagar das luzes, na surdina.
A transparência apregoada pelo governo Bolsonaro e recentes declarações do recém-empossado Rubem Novaes, como presidente do Banco do Brasil há dias atrás, no seu discurso de posse, não condiz com atitudes da maioria dos gestores da coisa pública no Brasil na atualidade.
O presente caso do filho de Mourão é emblemático ao ser imediatamente promovido pelo Rubens Novaes no BB e triplicado o seu salário, ocasião em que seu pai e vice-presidente da República partiu em defesa do filho disparando: "possui mérito". Há então que ser questionado: e os demais, não possuem méritos? Foi então configurado a primeira pratica de nepotismo no atual governo do Bolsonaro?
A superpromoção no Banco do Brasil do filho do vice-presidente da República já virou piada.
Em Brasília, dizem que a promessa de gestão transparente no BB virou gestão ‘traz parente’ .
Nagem vai substituir Regina de Luca, indicada pelo ex-presidente da Petrobras Pedro Parente.