A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, María Zajárova, afirmou nesta quinta-feira (7) que o governo dos Estados Unidos já tem tomada a decisão de intervir militarmente e com o uso da força na Venezuela. As informações são do RT, canal estatal russo de televisão.
“Continuam chegando sinais de Washington sobre a possibilidade de usar a força para derrubar as autoridades legítimas através de uma intervenção militar direta”, disse a representante do governo da Rússia, país que é aliado presidente da Venezuela, Nicolás Maduro.
A crise no país caribenho se acentuou depois que o deputado oposicionista Juan Guaidó, com o apoio dos Estados Unidos, se autoproclamou presidente República. Ele foi reconhecido por uma série de países aliados aos EUA e pela União Europeia. Países como China, Turquia e Rússia, no entanto, seguem reconhecendo a legitimidade de Maduro.
Para a porta-voz do governo da Rússia, a presença de militares norte-americanos na área de fronteira da Venezuela, que ocupam essas regiões sob a justificativa da “ajuda humanitária”, não passa de uma “operação de encobrimento” que tem, por objetivo, a intervenção militar direta.
“Nesta situação, você chega a uma conclusão óbvia: de que Washington já tomou a decisão de intervir militarmente na Venezuela. Todo o resto é operação de encobrimento”, disparou.
As declarações de Zajárova vêm quatro dias após o próprio presidente dos EUA, Donald Trump, admitir que tem a intervenção militar como uma “opção” para resolver a crise na Venezuela.
“Gostaria de lembrar que tais declarações de autoridades norte-americanas são uma violação direta do artigo da Carta da ONU, que obriga todos os membros da organização a não ameaçarem ou fazerem o uso da força em suas relações internacionais”, disse a porta-voz.
“Cúmulo do cinismo”
Na mesma declaração desta quinta-feira (7), a porta-voz do governo russo chamou de “cúmulo do cinismo” a postura dos Estados Unidos ao criticar o governo de Nicolás Maduro ao mesmo tempo em que impõe sanções econômicas que agravam a crise no país.
“Eles dizem que os venezuelanos vivem mal com este governo. Bem, não imponham sanções! Deixe o estado vivo para que se desenvolva e resolva seus próprios problemas, não os agrave”, pontuou.
Fonte: Revista Forum
Comentários
Venezuela acusou o Governo Bush de apoiar abertamente o golpe de Estado em 2002. Conseguinte ao quadro, nos anos seguintes, a Venezuela passou a apontar os Estados Unidos como adversário dos interesses latino-americanos; tendo, por exemplo, suspendido relações com o país em solidariedade à Bolívia após um embaixador estadunidense ser acusado de cooperar com grupos paralelos. Em fevereiro de 2014, o governo venezuelano expulsou três embaixadores estadunidenses do país sob a acusação de promoção de violência.
Aí em 2014 os Estados Unidos impõem sanções, sob a acusação de abuso de poder das forças policiais venezuelanas durante a onda de protestos contra Nicolás Maduro.
Venezuela/Maduro que sempre apontou os EUA como inimigos. Parabéns. Agora são.
Resposta: todos. Que coincidência!
No Brasil não precisaram fazer guerra, a gente está entregando tudo mesmo. Não precisa ser de direita ou de esquerda para saber disso. Ponto final.
O nosso erro é o de acreditar que tem alguém certo, bom e honesto; defensor da liberdade e mentiras como esta.
A nós "latrinos" americanos, cabe sermos jogados de cá para lá e de lá para cá, até quando o nosso dono decida parar.
Existe uma frase no México muito popular: "Pobre do México, tão longe de Deus, e tão perto dos EUA!"
Pergunte a quem é de lá e procure as evidências do que eles afirmam...
Boa procura
Será que a PDVSA no estado que se encontra hoje será um exemplo para nossa Petrobrás?
Os EUA não vão se meter diretamente nessa guerra. O que eles vão fazer é infuenciar países vizinhos a entrar em guerra com a Venezuela (é só olha o que eles fazem no Oriente Médio. Eles só entram depois que as nações estão enfraquecidas devido aos conflitos eternos na região). Dessa forma, certamente caberá ao BRAZIL prestar continência à bandeira estadunidense e mandar seus filhos para morrerem nessa guerra pelo petróleo, garantindo o "American Way of Life", dependente desse sangue negro, tão abundante na América do Sul, porém protegido por governos nacionalistas.
Aqui nós já entregamos o nosso óleo. Falta só a Venezuela se dobrar ao grande conquistador moderno.
Como está tendo coxinha nesse site. Pq não vão criticar a DITADURA da Arábia Saudita? Ha... pq lá é aliada dos EUA neh
Parabéns pelo progresso...
Ops...esqueci...a mesma CEGUEIRA que apoio e defendi a "democracia venezuelana" é "cega" para a intervenção externa de Cuba.
Mas de Cuba pode.....
Nunca tamanha bobagem, e ainda afirmam que quem discorda deles é comunista.
Talvez tenha alguma evolução nessas mentes, pois não chamam mais os questionadores de "ateus", "hereges" ou "subversivos".
Quem sabe daqui a uns 3 ou 4 séculos eles aprendem uma expressão diferente...
Seria cômico se não fosse verdade...
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