Conforme a AEPET vem reiterando (clique aqui para ler o artigo "A política de preços da Petrobrás é America frist!") nem o Brasil nem a Petrobrás ganham com a política de preços entreguista iniciada por Pedro Parente em sua gestão na Companhia. Ao contrário, como demostra o jornalista Miguel do Rosário em seu blog, os únicos beneficiados foram os Estados Unidos e as refinarias instaladas naquele país.
Leia a seguir a matéria do blog O Cafezinho:
Os Estados Unidos nunca exportaram tanto derivado de petróleo para ao Brasil como nos últimos dois anos.
Vamos nos concentrar no diesel, que já se tornou o principal item da pauta de importação brasileira.
Em 2018, o Brasil importou US$ 6,3 bilhões em óleo diesel, o que corresponde a quase R$ 24 bilhões, valor muito próximo do lucro líquido da Petrobras, a maior empresa nacional.
Quase todo o diesel, ou 84,3%, veio dos Estados Unidos. As exportações americanas de diesel para o Brasil totalizaram US$ 5,3 bilhões em 2018, o que significa um aumento de 195% desde 2010.
O Brasil se tornou o segundo maior destino das exportações americanas de diesel. Segundo a Agência de Energia do governo americano (EIA), as exportações para o Brasil cresceram, em quantidade, 221% desde 2013. O Brasil compra 15% de todo o diesel exportado pelos EUA, já encostando no México, que responde por 18%. Em 2013, o Brasil adquiria apenas 5,7% do diesel americano.
O grande salto observado nas exportações americanas de diesel para o Brasil ocorreu em 2016, coincidentemente o ano em que o governo Dilma foi derrubado por um polêmico processo de impeachment.
As importações brasileiras de gasolina e diesel, somadas, experimentaram um forte crescimento em 2017 e 2018 (batendo volumes recordes), apesar da recessão econômica observada no mesmo período.
Ao mesmo tempo, a produção nacional de derivados está estagnada há mais de 10 anos. Em 2018, o Brasil produziu 631 milhões de barris de petróleo em derivados. Como a demanda tem subido de maneira consistente no mesmo período, apesar da estagnação e declínio desde 2013, a produção nacional de derivados tem ficado cada vez mais deficitária, o que explica o aumento das importações.
Enquanto tínhamos um superávit de 114 milhões de barris em 2006, ou seja, produzíamos mais derivados do que a demanda, a partir de 2010 começamos a perder terreno, e a demanda foi ficando cada vez maior que a nossa produção. Em 2018, o déficit entre produção e demanda é de 111 milhões de barris.
O processo político dos últimos anos, com impeachment, Lava Jato e instauração, por fim, de um governo ultraliberal e entreguista, serviu à perfeição aos propósitos das grandes indústrias norte-americanas especializadas em refino de petróleo.
Foi tudo muito conveniente, porque as refinarias americanas nunca produziram tanto derivado como nos últimos anos, e precisavam escoar o produto para algum lugar.
A paralisação da produção brasileira de derivados, o cancelamento na construção de nossas próprias refinarias, tudo isso ajudou muito os EUA a aumentar sua exportação, e reduzir seu déficit comercial, superando a crise econômica que eles vinham sofrendo desde o problema com os subprimes, em 2008.
Os números do PIB e do emprego mostram que a economia experimenta, nos últimos três anos, a pior crise econômica de sua história. Ao mesmo tempo, os grandes bancos nacionais (não queria esquecer deles), e as refinarias norte-americanas, nunca ganharam tanto dinheiro no Brasil.
Somados os anos de 2017 e 2018, os EUA exportaram o equivalente a quase 10 bilhões de dólares em óleo diesel para o Brasil, o que significa quase 37 bilhões de reais.
Estamos falando apenas de diesel. Seria interessante somar gasolina, nafta, plásticos, e outros derivados de petróleo, que poderíamos produzir aqui mesmo, em nossas refinarias, mas que preferimos importar dos EUA, gerando bons empregos industriais por lá, ao mesmo tempo em que destruímos, via judiciário, nossas próprias indústrias.
Fonte: O Cafezinho
Comentários
1º A produção do artigo por um site pra lá de "isento" - O Cafezinho dá toda credibilidade aos argumentos (sic..sic...sic);
2º Mesmo com essa "estratégia nefasta" de produção a nossa Cia teve resultados satisfatórios;
Ou seja, se houver um mínimo de isenção e bom senso na análise (coisa difícil de pedir pra ESQUERDOPATAS...) podemos chegar a conclusão de que ter um equilíbrio entre a produção de óleo no BR x refinar parte do óleo nas nossas refinarias x comprar parte dos derivados lá fora, os resultados poderão e muito serem maximizados.
Mais uma vez...de novo...CEGUEIRA IDEOLÓGICA É PIOR QUE BURRICE.
O custo real de produção de 1L de diesel é um número bastante difícil de conseguir de forma precisa. Mais fácil conseguir os preços praticados de derivados no mercado internacional e na saída da refinaria. Dados de 28 de fevereiro: preço do diesel no mercado internacional: 0,53 US$/L; preço nas refinarias: 0,57 US$/L. E o fato é que com essa política a Petrobrás tem apresentado lucros estratoféricos...
Danilo, nessa época o mercado interno estava bastante aquecido e as refinarias trabalhavam em carga máxima sem dar conta da demanda por derivados; a Petrobrás pagava o preço do abastecimento do mercado, não a população e, ainda assim, dava lucro. Nos últimos anos importamos maior volume e operamos as refinarias em cargas ridicularmente baixas!
"O grande salto observado nas exportações americanas de diesel para o Brasil ocorreu em 2016, coincidentemente o ano em que o governo Dilma foi derrubado por um polêmico processo de impeachment."
Sério? A derrubada da anta que engessou os preços dos combustíveis foi responsável pelo aumento da importação?
Está faltando bom senso em algum lugar
Dilma, gostem ou não dela, pouco governou neste ano por absoluta rejeição ao que pretendia. Ela errou demais ao colocar no comando da economia o Levy, que igual ao Meireles e agora ao Paulo Guedes, tomara as medidas ortodoxas, desusadas no mundo, que pioraram a recessão do Brasil. Estão aí os desempregos, os pífios PIB's, e decréscimo de todos os setores, exceto o agrícola que comprovam as minhas assertivas
O que causou espanto foi o texto fazer parecer que "a derrubada do governo Dilma por um polêmico processo de impeachment coincidiu com o salto nas exportações......"
Tipo, fazer parecer causa e consequência.
Sua reclamação está na esfera do preço.
Uma besta de tua envergadura é algo que dá vontade de vomitar ... . É por conta de parvos como tu que este energúmeno tosco et caterva foram parar em Brasília (para, é claro, cumprir de joelhos, e prestando continência, ordens em inglês promanadas de alhures).