Na última quarta-feira (22), durante audiência pública da Comissão do Trabalho, da Previdência, foi lançada na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) a Frente Parlamentar em Defesa da Petrobrás. A iniciativa é da deputada Beatriz Cerqueira (PT).
Os convidados enfatizaram que a Petrobrás é uma empresa importante para geração de tecnologia e para a soberania nacional e não pode ser privatizada, como pretende o atual governo.
O secretário-geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT-MG), Jairo Nogueira Filho, que negou a ideia de que a empresa deve estar voltada apenas para a exploração de petróleo. “Até a década de 1980, a Petrobrás era basicamente uma empresa de refino e distribuição de petróleo. Só com a fantástica descoberta da Bacia de Campos é que se desenvolveu a tecnologia de exploração”, disse, ponderando que todas as grandes petroleiras do mundo atuam em todas essas frentes, de forma vertical, para garantir o domínio de toda a cadeia produtiva.
Nogueira lembrou que o governo federal, sob o comando de Jair Bolsonaro (PSL), está privatizando a empresa de forma ilegal, como no caso da venda de gasodutos no Norte e Nordeste, entregues sem licitação.
Desenvolvimento tecnológico
Alexandre Finamori, diretor do Sindicato dos Petroleiros de Minas Gerais, lembrou dos investimentos em usinas de biomassa nas regiões do semiárido, que não apenas significaram desenvolvimento tecnológico, mas também geração de renda para milhares de famílias de regiões pobres do País. Uma dessas usinas já foi fechada pelo governo de Jair Bolsonaro e outras duas estão sob ameaça, uma delas em Montes Claros.
Alexandre Finamori lembrou que até hoje o Brasil importa fertilizantes, em especial da Rússia, e uma usina de fertilizantes prevista para ser implantada em Uberlândia já foi cancelada pela atual gestão federal.
Finamori disse ainda que, quando o pré-sal foi descoberto, o governo federal chamou empresas privadas para explorarem a área. Nenhuma teria aceitado o desafio porque o risco era alto, a tecnologia necessária inexistente e a exploração não era viável economicamente. “O Estado investiu, a Petrobrás desenvolveu a tecnologia e o Brasil dobrou sua produção de petróleo”, disse.
Educação
A diretora da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Marilda de Abreu Araújo, lembrou que quando o pré-sal foi descoberto uma lei aprovada pelo governo federal em 2013, na época comandado por Luís Inácio Lula da Silva (PT), determinou que 75% dos royaltes da exploração fossem destinados à educação e o restante à saúde.
Lei posterior, já no governo de Michel Temer, extinguiu a obrigatoriedade. “A estimativa é que a educação perdeu, com a retirada dessa obrigatoriedade, R$ 360 milhões que poderiam ser investidos nos próximos 15 anos”, disse Marilda Araújo.
A deputada Beatriz Cerqueira fez coro e lembrou que a sociedade deveria discutir como usar esse dinheiro para levar a educação brasileira a um novo patamar e não tentar resistir a cortes sucessivos em todos os níveis da educação pública, conforme proposto pelo presidente Jair Bolsonaro. “Temos que combater esse discurso fácil de que tudo que é público é ruim e que o melhor é privatizar. Melhor para quem? A Vale é o exemplo que temos de empresa que foi privatizada e que colocou o lucro acima de todas as outras prioridades, até da vida. Privatizar mata”, disse a parlamentar.
Com informações da ALMG
Comentários
Eu sabia que já havia lido esta bobagem aqui, procurei e encontrei: foi na matéria "Ilegal e sem critério" publicada aqui em 19 de março.
http://aepet.org.br/w3/index.php/conteudo-geral/item/2910-ilegal-e-sem-criterio
A Vale não é estatal. Vou repetir o comentário que fiz na ocasião.
"Quanto à Vale ter voltado a ser uma estatal em 2009, creio que está fazendo confusão sobre o que é uma Sociedade de Economia Mista (como é a Petrobras) e uma Sociedade Anônima cujo estado tem maioria das ações de forma indireta via fundos de pensões e BNDES (como é o caso hoje da Vale).
Na Petrobras o governo manda e desmanda, na Vale não. O governo só tem poder de veto em algumas questões definidas no estatuto.
Ver https://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2019/01/28/vale-fundos-de-pensao-bancos-publicos-privados.htm."
A Vale emprega mito pessoas que quando era estatal, receita muito maior.
Gostaria de saber como foi a leitura de fracasso.
Começando assim já não consegui mais ler o texto, perdeu credibilidade.
A justificativa da venda foi o pagamento de parte da dívida pública interna e externa, coisa que nunca ocorreu.
O banco Bradesco montou o edital de venda da companhia e, mais tarde, tornou-se um dos seus controladores (algo proibido por lei).
E vale lembrar as recentes tragédias de Mariana (maior desatre ambiental da história do Brasil) e Brumadinho (maior acidente de trabalho em número de vítimas fatais da história do Brasil).
Do ponto de vista de quem comprou a Vale, certamente foi um tremendo sucesso.
Do ponto de vista de quem vendeu, o Brasil, pode-se considerar como um fracasso de fato.
Respeitem que trabalha e trabalhaou na Petrobras onde você a sua Pimenta de má qualidade pouco ou nada contribuíram.
O cancelamento não foi no governo atual!!!
A diretora da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Marilda de Abreu Araújo, lembrou que quando o pré-sal foi descoberto uma lei aprovada pelo governo federal em 2013, na época comandado por Luís Inácio Lula da Silva (PT), determinou que 75% dos royaltes da exploração fossem destinados à educação e o restante à saúde."
Onde foi aplicado esse dinheiro? Na educação e saúde não foi...e tem gente que ainda acredita!!!
A fábrica que a Petrobras iria construir (UFN 5) seria em UBERABA, e esta de fato foi cancelada ainda na gestão da Dilma, pois nunca teve EVTE positiva e só ia produzir amônia e não ureia. A amônia seria vendida para outras empresas agregarem valor convertendo em ureia, daí a EVTE nunca ter dado positiva. Foi muito bem cancelada!
A maioria dos eleitores não votou nem no Bolsonaro, nem no PT, votaram em branco, anularam ou simplesmente não compareceram às urnas, por não acharem que nenhum dos dois candidatos valia o voto. Portanto, a maioria dos eleitores não endossou esta plataforma de Estado mínimo do Bolsonaro.
Além disto, mesmo que Bolsonaro tivesse a maioria dos votos dos 147 milhões de eleitores inscritos, não lhe é permitido por lei privatizar patrimônio público sem autorização do congresso e sem o devido respeito ao processo licitatório. O STF já se manifestou a respeito deste assunto.
Outro ponto: "Outra parte votaram nele em oposição ao PT, pelas merdas que PT fez."
E o sr. acha que seria diferente? Além disso é uma afirmação sem qualquer evidência de veracidade.
O Bolsonaro ganhou e foi eleito Presidente da República mas a esquerda teima em não aceitar (lembra dos discursos do Poste e do bandido do Boulos após a derrota?).
Quanto às privatizações, concordo que passem pelo congresso e sigam o que é determinado na Lei.
Além disto basta ver a popularidade do Bolsonaro na época da eleição e a de agora. Só os militantes fiéis é que continuam acreditando nele.
E estas "continhas" de votos tem significado na medida de desmentir a falácia que a maioria do eleitorado quer Estado mínimo.
Vá lá, suponha que TODOS os 57 milhões de votos do Bolsonaro queiram. Então 90 milhões NÃO QUEREM. Simples assim.
Pesquisa DATAFOICE?
"Então 90 milhões NÃO QUEREM". Sério?
O sr. disse acima que "A maioria dos eleitores não votou nem no Bolsonaro, nem no PT, votaram em branco, anularam ou simplesmente não compareceram às urnas...", como pode afirmar que 90 milhões não querem? Bola de Cristal?
Se vale o argumento para um, posso usar ele também, não é mesmo?
Falácia de um, toma lá uma contra-falácia.
Eles combinaram os resultados então?
Acorda, ficar desmerecendo pesquisa sem provar que o método está furado não passa de tática desesperada.
Pois é, essa turma adora espalhar o terror...
Euclides, concordo contigo, mas infelizmente estes irresponsáveis só serão penalizados se a correlação de forças políticas assim o desejarem. Crimes de traição à Pátria deveriam ser penalizados conforme a Lei Marcial, mas acho muito improvável que aconteça.