A Petrobras anunciou em comunicado interno aos funcionários a redução da jornada dos funcionários administrativos de 8 para 6 horas com redução de 25% dos salários por três meses (abril, maio e junho).
A redução vale os funcionários da área administrativa, e não da operacional (extração e refino, por exemplo, plataformas, terminais e outras partes operacionais que não estão nessa redução).
Os funcionários que trabalham em unidades operacionais e não estão em regime de turno administrativo e técnico também terão redução de jornada e corte de salário.
O comunicado interno ocorre no mesmo dia que a empresa anunciou novo corte na produção
Para os gerentes, coordenadores, consultores e supervisores, no entanto, não se fala na redução de salário, apenas na postergação do pagamento das gratificações (de 10% a 30%) da remuneração mensal referente aos meses de abril, maio e junho de 2020.
A medida causou insatisfação no setor administrativo da petroleira pelo fato dos que ganham salários menores terem corte de salário em 25% e os que ganham mais (gerentes e supervisores) terem sofrido postergação.
Procurada, a Petrobras confirmou os cortes nos salários e as reduções de horários. "Novas medidas necessárias para assegurar a sustentabilidade da companhia nesta que se configura a pior crise da indústria do petróleo nos últimos 100 anos", argumentou.
Questionada sobre o motivo da redução de salário aplicada somente para funcionários administrativos, disse que os gestores (que não sofrerão redução de salário, apenas postergação do pagamento de gratificações) "é comum ficarem à disposição da companhia permanentemente durante todo o dia". "Esses empregados não terão redução de jornada e, em momentos de crise, podem ser acionados inclusive em horários estendidos. Por isso a medida adotada foi de redução temporária da remuneração com postergação do pagamento", acrescentou.
Fonte: R7