na zona sul do Rio de Janeiro. Foi por apenas três vezes este valor, R$ 7,5 milhões (US$ 1,45 milhão), que um comprador identificado como Marboteni arrematou, em um leilão online realizado na última sexta-feira, três plataformas na Bacia de Campos. Neste ritmo, não vai demorar para que as plataformas da Petrobrás sejam oferecidas no site das Lojas Americanas ou no Magazine Luiza.
As plataformas vendidas foram a P-07, a P-12 e a P-15, que haviam sido “descomissionadas” pela empresa. O plano de desmonte foi acentuado durante a pandemia do coronavírus e o governo nem mais disfarça a intenção de vender a companhia por completo, como demonstram falas cada vez mais à vontade do ministro da Economia, Paulo Guedes.
O site de leilões — especializado em venda de carros batidos e sucatas de seguradoras — entregou P-15 por US$ 750 mil; a P-07 por US$ 370 mil; e a P-12 por US$ 330 mil, valores considerados irrisórios para o patrimônio envolvido.
Crime contra o País
Para o Sindipetro-NF, a FUP e demais sindicatos, a venda é um crime contra o povo brasileiro, assim como todo o conjunto de entregas do patrimônio do País que estão sendo realizadas e ainda estão programadas. Como tem advertido partidos progressistas e movimentos sociais, todo este desmonte precisa ser interrompido e, no futuro, quem comprou estes ativos nestas condições ilegítimas correrá o risco de ter que devolver ao Brasil.
Na contramão
Como apontam inúmeros estudos, do Ineep e de centros de pesquisa universitários, a Petrobrás está caminhando no sentido oposto ao das grandes petroleiras do mundo, inclusive privadas, que buscam se fortalecer em todas as partes da cadeia produtiva, não desprezando nenhuma possibilidade de lucro.
As plataformas que estão sendo entregues a preço de banana pela Petrobrás na Bacia de Campos, mesmo com produções menores e em águas “rasas”, poderiam continuar em operação, sem prejuízo algum, e gerariam empregos, renda para a região e lucro para o País.
Antes de terem suas operações paradas para que fossem vendidas, as plataformas entregues na semana passada produziam cerca de 25 mil barris diários de óleo (15 mil na P-07; 7 mil na P-12; e 3 mil na P-15.
Fonte: FUP
Comentários
Além do que 25k é pico....a produção média deve tá em torno de metade pois as manutenções devem ser frequentes, afinal são instalações velhas.
Sem falar do risco operacional e ambiental....além dos custos para o descomissionamento....que não é barato.
Enfim....decisão acertada da Cia.
O nosso foco tem de ser a venda das Refinarias... e não perder energia com 3 plataformas com baixa produção e rentabilidade.
É evidente que o drive de qualquer decisão neste momento na Cia é FINANCEIRO....mas TRANSPARÊNCIA é imprescindível em se tratando de uma empresa de economia mista.
A P-12 parou a produção em 2015. Está hoje com 34 anos.
A vida útil em média é de 25 anos!
Crime lesa patria, ainda ha tolos que acreditam no lema do mentiroso " Brasil acima de tudo."
Se for isso, quem é que consegue justificar a venda de um patrimonio que se paga em 2 dias? quem assinou isto? não é o caso de uma ação direra de lesão do patrimonio publico? e o interesse dos acionistas?