O Banco Popular da China (PBoC, o Banco Central do país) delineou as principais políticas e tarefas para 2021 durante uma conferência anual de trabalho realizada em Pequim.
A instituição disse comunicado online divulgado após a reunião que iria aderir ao princípio geral de buscar o progresso enquanto garante estabilidade, e ofereceria apoio financeiro eficaz para acelerar a construção de um novo paradigma de desenvolvimento.
Entre alguns pontos-chave da política estão que a China fará com que a oferta monetária e o financiamento social agregado cresçam basicamente no mesmo nível do crescimento econômico nominal do país.
Também aprofundará a reforma orientada ao mercado das taxas de câmbio da moeda chinesa e estabilizará as expectativas do mercado para manter a taxa de câmbio basicamente estável em um nível razoável e equilibrado.
O país prolongará as políticas de extensão de amortização de empréstimos inclusivos e o programa de apoio a empréstimos de crédito para pequenas empresas, e orientará as instituições financeiras a fortalecer o apoio à inovação tecnológica, empresas privadas e pequenas e microempresas.
Para atingir o pico das emissões de dióxido de carbono e alcançar a neutralidade do carbono, o PBoC canalizará mais recursos financeiros para o desenvolvimento verde, promoverá a criação de um mercado de comércio de emissões de carbono com preços razoáveis, melhorará gradualmente o padrão de finanças verdes e continuará a promover a cooperação internacional em finanças verdes.
A China colocará as principais atividades financeiras, instituições, mercado e infraestruturas sob gestão macroprudencial. Também melhorará o sistema de supervisão das companhias financeiras.
Serão tomadas medidas para melhorar a supervisão prudencial das atividades financeiras das empresas de plataforma de internet, fortalecer um impulso anti-trust e prevenir a expansão desordenada do capital, bem como fazer melhorias constantes nos serviços financeiros inclusivos, disse o banco.
Como parte dos esforços para promover uma maior reforma do mercado financeiro e das instituições financeiras, o país se moverá para melhorar os canais diversificados de eliminação de inadimplência de títulos e implementar um esquema de gestão prudencial para o financiamento imobiliário.
Também aprofundará a participação na governança financeira global, ampliará a abertura bidirecional no setor financeiro, promoverá a abertura da conta de capital de maneira regular e ordenada e manterá a escala de reserva cambial basicamente estável.
A China também avançará com prudência a internacionalização do iuane e promoverá o desenvolvimento sólido e coordenado de moedas locais e estrangeiras nos mercados onshore e offshore.
O banco realizará continuamente programas-piloto para moeda digital, incentivará o uso de relatórios de crédito em finanças digitais e governança econômica, e intensificará os esforços de investigação e monitoramento da lavagem de dinheiro.
Agência Xinhua
Fonte: Monitor Mercantil
Comentários
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Reforma é algo que deveria ser sinônimo de melhora significativa das vidas de todos os brasileiros. Aqui, tornou-se sinônimo de corte de direitos, de destruição da coesão social e da sociabilidade ainda existente e, em suma, de empobrecimento de imensas e cada vez maiores camadas do nosso povo. Em benefício de alguém, é claro. Em benefício dos já mi e bilionários.
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Independente deveria significar algo plenamente imparcial e que, assim, pudesse estar a serviço de todos da forma mais equânime possível. Aqui, nas plagas tupiniquins, o significado prático de BC “Independente” é afastar o Banco Central, por completo, de qualquer influência popular.
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É a esta conclusão que devemos chegar quando a mídia hegemônica e seus comentaristas enfatizam tanto a necessidade de evitar que a mão dos políticos siga intervindo no BC.
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Ou seja. O BC chinês orienta os passos que o país vai dar para continuar avançando seu desenvolvimento econômico de forma a que a nação chinesa possa usufruir o máximo possível desse desenvolvimento.
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Já o BC tupiniquim “Independente” vai garantir ganhos ainda mais gordos à banca privada e a um pequeno punhado de acionistas e rentistas, às custas do suor e das lágrimas de mais de 200 milhões de brasileiros. Fará isso, certamente, porque é muito mais rico que seu igual chinês.
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E caminhamos, céleres, para cumprir o planejado nos centros de poder mundial: transformar o Brasil em mera colônia fornecedora de grãos e minérios in natura e água em abundância. Pesquisa e tecnologia de ponta estão proibidas, mas o lema é “Brasil acima de tudo”.