Empresários do setor de transportes paralisaram as atividades em cerca de 300 bases de distribuição de combustível desde a meia noite desta quinta-feira. Eles reivindicam a redução dos preços do diesel, gás de cozinha, gasolina e outros derivados do petróleo. O locaute acontece dias antes da greve dos caminhoneiros, marcada para 1º de novembro.
A pauta de reivindicações, além da redução da revisão da política de preços dos combustíveis da Petrobras, exige um valor mínimo de frete e a melhoria e construção de novos pontos de descanso para a categoria, entre outros pontos.
Caminhoneiros de várias regiões do país aderiram à paralisação. No Rio, epicentro do movimento, o Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis, Lubrificantes e de Lojas de Conveniência do Município do Rio de Janeiro (Sindcomb) informou que bases de distribuição de Campos Elíseos foram fechadas para evitar tumultos. Conforme o Sindcomb, os estoques nos postos já estão baixos.
Em Minas Gerais, dois caixões e faixas foram colocados em frente à distribuidora da petroleira em Betim, na região metropolitana. Os manifestantes também fizeram atos na porta das principais centrais de distribuição. Em São Paulo, manifestações de trabalhadores ocorreram nas proximidades da Refinaria de Paulínea (Replan) e no Porto de Santos. Protestos também ocorreram nos estados do Espírito Santo, Goiás e parte da Bahia.
O governo não acredita que a paralisação do dia 1º acontecerá. O presidente Jair Bolsonaro anunciou nesta quinta-feira, em Sertânia (PE), pagamento de um auxílio a cerca de 750 mil caminhoneiros para compensar o aumento do diesel. A declaração foi dada durante evento de inauguração do Ramal do Agreste das obras de transposição do Rio São Francisco. "O preço do combustível lá fora está o dobro do Brasil. Sabemos que aqui é um outro país, mas grande parte do que consumimos em combustível, ou melhor, uma parte considerável, nós importamos e temos que pagar o preço deles lá de fora. Decidimos, então, atender aos caminhoneiros autônomos. Em torno de 750 mil caminhoneiros receberão uma ajuda para compensar o aumento do diesel. Fazemos isso porque é através deles que as mercadorias e os alimentos chegam nos quatro cantos do país", disse o presidente, esquecendo de dizer que o Brasil é um dos maiores produtores de petróleo do mundo, mas quer importar combustível.
O último reajuste definido pela Petrobras no preço do diesel entrou em vigor no dia 1º de outubro. O combustível acumula alta de mais de 30% este ano. Até a semana passada, o preço médio do produto vendido nos postos era de R$ 4,97, segundo a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
Fonte: Monitor Mercantil
Comentários
Teve adesão apenas dos autônomos, nenhum caminhoneiro empregado pode aderir. Novidade nenhuma, já que o próprio governo afirmou que caminhoneiro autônomo não tem futuro, eles tem que se "escravizar" para as empresas de transporte. As empresas adoraram, esvaziaram a greve para ferrar com os autônomos.
E a baixa adesão ficou por conta de 29 liminares que proibiram interrupção do fluxo de cargas, ameaçando com multas miliardárias diárias para qualquer caminhoneiro que tentasse.
E no único ponto de tentativa de estrangulamento (porto de Santos), foi reprimida por mais de 200 policiais de choque.
Vamos ver adiante, quando o diesel ficar ainda mais caro e eles não conseguiram pagar nem os custos do frete. E quando o tal vale de R$400,00/mes acabar, porque já compraram o voto no Bozo.
Este assunto que você citou é outro. Trata da relação de fornecimento entre a Petrobras e as distribuidoras: PB não vai entregar o que as distribuidoras encomendaram. A ANP diz que não terá problema. Ok
Mas o artigo trata de outra coisa, os caminhoneiros ameaçam parar e interromper a entrega que a PB disponibilizar às distribuidoras.
A ANP não tratou disto, nem garantiu nada sobre este *ecto.
Se não tem caminhão para entregar combustível, o que está disponível para venda ao consumidor final é só o que está no tanque do posto. Quando secar o tanque do posto, acabou.