A Petrobrás concluiu nesta terça-feira (30) a venda da Refinaria Landulpho Alves (RLAM), na Bahia, para o fundo Mubadala Capital. Depois de cumpridas as condições contratuais, a transação foi finalizada com o pagamento de US$ 1,8 bilhão (R$ 10,1 bilhões, no câmbio atual). O valor, segundo a estatal, reflete o preço de compra de US$ 1,65 bilhão, ajustado preliminarmente em função de correção monetária e das variações no capital de giro, dívida líquida e investimentos até o fechamento da transação. O acordo entre as partes prevê também um ajuste final do preço de aquisição, que deve ser apurado nos próximos meses.
Acelen é a empresa criada pelo Mubadala Capital para a operação da RLAM – que foi rebatizada de Refinaria de Mataripe. A Acelen assume a gestão da planta já a partir desta quarta-feira (1º). Agora, começa uma fase de transição, na qual as equipes da Petrobras apoiarão a Acelen nas operações da refinaria.
Petroleiros prometem resisência na Justiça
Enquanto pelo lado da Petrobrás e do Mubadala, o clima é de festa, os petroleiros estão prometendo contestar a venda da RLAM até o último momento. A Federação Única dos Petroleiros (FUP) e sindicatos filiados disseram no início da noite de hoje (30) que continuarão lutando judicialmente contra a privatização da planta da Bahia e das demais unidades de refino da Petrobrás.
A entidade sindical lembra que atualmente existem várias ações na Justiça contestando a transação. Na Bahia, por exemplo, está em curso uma ação civil pública que aponta para o risco da criação de monopólio regional privado, com impactos negativos para o consumidor, decorrente da privatização da RLAM. Além disso, o Congresso Nacional iniciou um processo para que o Supremo Tribunal Federal (STF) julgue o mérito da ação de inconstitucionalidade da venda de refinarias sem autorização do Poder Legislativo.
“Eles estão pegando ativos da empresa mãe, a Petrobrás, transformando-os em subsidiárias e vendendo essas subsidiárias, que foram criadas artificialmente. Com isso, fogem do processo de licitação e do crivo do Congresso Nacional”, disse o coordenador-geral da FUP, Deyvid Bacelar. O sindicalista afirmou também que “o próprio ministro do STF Alexandre de Moraes já declarou que ‘essa patologia não deveria ocorrer’”.
Comentários
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Então, ao invés de tentarem tirar leite de pedra recorrendo à Justiça, os movimentos sociais e o movimento sindical precisam, para ontem, iniciar a conscientização da maior parte possível do povo brasileiro quanto à necessidade imperiosa de retomarmos, para estrito controle estatal, diversas empresas e setores da economia brasileira que foram criminosamente entregues a grandes grupos privados.
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Precisamos iniciar um movimento vigoroso no sentido de exigirmos do Congresso Nacional e dos governantes, sem direito a recusa, a revogação de todas as privatizações; o que tivemos, na verdade, foi rapina, pilhagem, roubo mesmo, de patrimônio coletivo pertencente ao povo.
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Sem retomarmos a governabilidade sobre as riquezas e patrimônio que são nossos, para colocá-los a serviço do desenvolvimento nacional e da melhora das condições de vida de todo o povo, podemos ir nos acostumando a viver de joelhos pelo resto dos tempos.
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Para citar um caso apenas, vamos à doação escandalosa que Fernando Henrique Cardoso fez da Vale do Rio Doce. FHC entregou, por R$ 3 bilhões, uma empresa que controlava riquezas no montante estimado de R$ 3 trilhões.
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E o que fez a Justiça brasileira? Cassou as liminares que os movimentos sociais tinham ganho que impediam a entrega. Em outras palavras, o STF chamou o FHC e disse: “Podes doar mais esta riqueza do povo brasileiro”.
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Continua
Só que renda vai para fora, quanto aos empregos?
Com certeza você é bilionário e um dos donos do Fundo Mubadala.
Essas empresas citadas compare-as com o McDonalds.
Querem apostar que a Petrobras ainda vai devolver um valor significativo para a Mulanbada?
" ... os petroleiros estão prometendo contestar a venda da RLAM até o último momento. ... "
QUE MOMENTO É ESTE GENTE?
Quem vai ficar com o bico seco são os sindicatos, esse é o verdadeiro motivo da choradeira!!!
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Ou fazes parte do grupo de inocentes, incautos e desavisados – talvez pudesse dizer tapados -, que de nadam sabem e vivem a repetir as mentiras veiculadas pela mídia hegemônica e seus comentaristas, ou mesmo pelas fake news, que tentam nos convencer de que as privatizações vão nos levar a um quase-paraíso?
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Ou seria porque nasceste nos EUA, na Europa ou em algum outro país rico e não está nem aí para a nossa nação?
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Bem, do primeiro grupo eu tenho certeza de que não fazes parte. Alguém com tanta riqueza estaria dedicando seu tempo a usufruir dos prazeres que ela proporciona e não encontraria tempo para vir escrever comentários em um sítio de oposição ao sistema dominante.
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Sobram, então, as outras duas opções. Em qual delas tu te enquadras?