O jornal Valor Econômico publicou matéria (clique aqui para ler) reforçando a ideia de que a Petrobras não precisará mais alcançar a marca de US$ 21 bilhões em desinvestimentos para atingir a meta de alavancagem de 2,5 vezes a dívida líquida sobre o Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização).
A conclusão está baseada em estimativas da agência classificadora de risco Moody’s, uma das que, em 2007, dava nota máxima títulos de bancos carrregados de títulos podres do mercado imobiliário (subprimes) e que, posteriormente, seriam salvos pelo Tesouro norte-americano. (Informe-se aqui sobre o filme “Trabalho interno”, que trata do tema)
A AEPET reitera sua posição contrária à venda de ativos estratégicos para reduzir o nível de endividamento da Petrobrás, como exposto em artigo do presidente Felipe Coutinho, elaborado em parceria com o economista José Carlos de Assis (clique aqui para ler).
Já o economista Cláudio Oliveira, que tem diversos textos publicados pela AEPET (veja a lista abaixo) nos quais também reitera não ser necessário vender ativos para atingir a meta de alavancagem, ressalva que a própria meta não tem sentido algum. “Eles falam que a dívida é um problema, mas não demonstram. Não podemos aceitar isto. Aliás, Pedro Patente já está deixando escapar que a meta não é mais 2,5. Agora é 1,5”, argumenta.
Oliveira lembra que, sem buscar financiamento, a empresa não atingirá a produção de 4,5 milhões de barris/dia em 2025, como planeja. “Moody's, Fitch e Standard&Poors não são confiáveis. Chamadas em juizo nos EUA, elas disseram que os ratings eram ‘meras opiniões’ e não tinham nenhuma responsabilidade sobre suas recomendações”.
Cláudio Oliveira, artigos e entrevistas
http://aepet.org.br/w3/index.php/periodicos/aepet-direto-diario/item/488-a-realidade-desafia-a-estrategia-atual-da-petrobras