Após vender o controle, Petrobrás avalia reduzir a zero sua participação na BR Distribuidora
A Petrobrás confirmou que poderá se desfazer de toda a sua participação na BR Distribuidora,
da qual vendeu o controle acionário na última semana. A informação constava na divulgação do resultado financeiro da companhia e foi reforçada na última sexta-feira (02), durante teleconferência com acionistas, e à tarde pelo presidente da companhia, Roberto Castelo Branco, durante coletiva de imprensa na sede da companhia, no Centro do Rio.
Castelo Branco reiterou diversas vezes que a Petrobrás irá focar na produção e exploração de óleo e gás, abrindo mão de qualquer operação distinta. "Vamos reduzir a zero nossa participação no transporte [de combustíveis]", afirmou o executivo ao comentar sobre a BR Distribuidora.
Ao mercado, a companhia informou, junto com seu balanço financeiro, que avalia vender parte ou o total dos 37,5% das ações que ainda possui da BR Distribuidora, da qual era a única dona até 2017, quando vendeu 29% de suas ações. Na última semana de julho, ela anunciou a venda de mais 30%, perdendo o controle acionário da empresa.
Venda total da Gaspetro
Abrir mão das operações de refino é um dos principais objetivos do plano de desinvestimentos da Petrobrás. No radar, está a Gaspetro, da qual a Petrobrás é sócia juntamente com a Mitsui.
De acordo com a diretora de Refino da Petrobrás, Anelise Lara, a companhia já conversa com a sócia japonesa sobre o repasse das ações. "Duas opções estão na mesa: a gente sai vendendo os 51% para a Mitsui, ou vendendo as participações que a Gaspetro tem nas distribuidoras regionais", adiantou a executiva.
Questionada se a venda total das ações para a Mitsui seria autorizada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), Anelise Lara admitiu a necessidade de autorização pelo órgão. “É uma questão delicada e a gente acredita que a avaliação que a Mistui fará vai passar por isso também”, disse a diretora.
“A única certeza que nós temos é que vamos reduzir nossa participação na Gaspetro a zero”, afirmou o presidente Roberto Castelo Branco. Castelo Branco reforçou que a expectativa é solucionar, até o final de 2021, a venda de ativos “focando então apenas na produção e comercialização do nosso gás”.
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