Voto da AEPET denuncia entreguismo de Temer e Parente
Christian toma posse no CA reafirmando compromisso com Petrobrás indutora do desenvolvimento
Em seu voto na Assembleia Geral de Acionistas (AGE) da Petrobrás, realizada no último dia 26 de abril, a AEPET lembrou as várias ações contrárias aos interesses da Petrobrás e do País tomadas pelo atual presidente da Companhia, Pedro Parente, tanto no período iniciado em 1999, quando, indicado pelo governo FHC, passou a integrar o Conselho de Administração da empresa, quanto agora, convidado por Michel Temer a encabeçar a atual diretoria executiva.
Entre os exemplo citados, destaque para a venda 36% das ações na Bolsa de Nova Iorque por apenas US$ 5 bilhões, quando valiam mais de US$ 100 bilhões; e o início do processo de desnacionalização da maior empresa brasileira, que quase chegou a mudar o seu nome para Petrobrax.
Atualmente, a AEPET pondera que a Petrobrás tem o seu Planejamento Estratégico conduzido pelo Diretor Nelson Silva, ex-presidente do grupo British Gas, do grupo Shell, concorrente mais acirrado da Companhia.
Já o diretor Financeiro Ivan Monteiro, desde o governo Dilma, pressionado pela PwC, produziu três impairments que ajudaram a criar falsa ideia de a Petrobrás estar quebrada e que há necessidade de venda de ativos, a preço vil, para restabelecer o equilíbio financeiro da empresa. “As seguidas desvalorizações de ativos chegaram a R$ 113 bilhões em 2014, 2015 e 2016. Em 2015, transformou-se um lucro bruto de R$ 98 bilhões – e líquido de R$ 15 bilhões – em um ‘rombo’ de R$ 34 bilhões”, denuncia a AEPET.
O documento sublinha também que, na véspera da AGO, o Governo preparou o Decreto Nº 9.355/2018 para efetivar a entrega do patrimônio da Petrobrás para o cartel do petróleo. “No artigo 4º § único – I é dito que a preferência será dada aos atuais parceiros da Petrobrás: Shell, Exxon, Chevron – o Cartel. No art.5º, diz: caberá ao CA decidir a cessão”.
Christian toma posse no CA
Na oportunidade, Christian Queipo tomou posse no Conselho de Administração. Ele expediu seu primeiro comunicado como representante eleito dos empregados naquele colegiado. Apesar de ter sua condição minoritária agravada pelas novas regras e nomeações, Christian reafirma que seguirá na luta e compromisso com uma Petrobrás indutora do desenvolvimento nacional.
“Honrem comigo a memória dos que sentaram os pilares desta maravilhosa criação que é a Petrobras e compartilhem o enorme privilégio de mantê-la como indutora do desenvolvimento nacional. O Brasil precisa disso mais do que nunca”, conclamou Christian.
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