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A Alemanha ainda é o segundo maior comprador de combustíveis fósseis russos

Um ano depois da invasão inicial da Ucrânia pela Rússia, as exportações russas de combustíveis fósseis ainda estão fluindo para várias nações

Publicado em 06/03/2023
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ao redor do mundo.

Como Niccolo Conte do Visual Capitalist detalha abaixo, de acordo com estimativas do Centro de Pesquisa em Energia e Ar Limpo (CREA), desde que a invasão começou há cerca de um ano, a Rússia obteve mais de US$ 315 bilhões em receita com exportações de combustíveis fósseis em todo o mundo, com quase metade (US$ 149 bilhões) vindo de países da UE.

Este gráfico usa dados do CREA para visualizar os países que mais compraram combustíveis fósseis russos desde a invasão, mostrando os bilhões em receita que a Rússia obteve com essas exportações.


 

Como seria de esperar, a China tem sido o principal comprador de combustíveis fósseis russos desde o início da invasão. O vizinho e aliado informal da Rússia importou principalmente petróleo bruto, que representou mais de 80% de suas importações, totalizando mais de US$ 55 bilhões desde o início da invasão.

A maior economia da UE, a Alemanha, é o segundo maior importador de combustíveis fósseis russos, em grande parte devido às suas importações de gás natural no valor de mais de US$ 12 bilhões.

A Turquia, membro da OTAN, mas não da UE, segue de perto a Alemanha como o terceiro maior importador de combustíveis fósseis russos desde a invasão. É provável que o país ultrapasse a Alemanha em breve, já que não fazer parte da UE significa que não é afetado pelas proibições de importação russas do bloco implementadas no ano passado.

Embora mais da metade dos 20 principais países importadores de combustíveis fósseis sejam da UE, os países do bloco e do resto da Europa têm reduzido suas importações como proibições e limites de preços para as importações russas de carvão, remessas marítimas de petróleo bruto e importações de produtos petrolíferos.

Receitas de combustíveis fósseis em declínio na Rússia

As proibições e os limites de preços da UE resultaram em um declínio nas receitas diárias de combustíveis fósseis do bloco de quase 85%, caindo de seu pico de março de 2022 de US$ 774 milhões por dia para US$ 119 milhões em 22 de fevereiro de 2023.

Embora a Índia tenha aumentado suas importações de combustíveis fósseis nesse meio tempo, de US$ 3 milhões por dia no dia da invasão para US$ 81 milhões por dia em 22 de fevereiro deste ano, esse aumento não chega nem perto de cobrir o buraco de US$ 655 milhões deixado pela redução das importações dos países da UE.

Da mesma forma, mesmo que os países africanos tenham dobrado suas importações de combustível russo desde dezembro do ano passado, as exportações de produtos petrolíferos marítimos russos ainda caíram 21% no geral desde janeiro, de acordo com a S&P Global.
Outros fatores que afetam as receitas

No geral, desde seu pico em 24 de março de cerca de US$ 1,17 bilhão em receita diária, as receitas russas de combustíveis fósseis caíram mais de 50%, para apenas US$ 560 milhões por dia.

Juntamente com as reduções nas compras da UE, um fator importante que contribuiu foi o declínio no preço do petróleo bruto russo, que também caiu quase 50% desde a invasão, de US$ 99 o barril para US$ 50 o barril hoje.

Se esses declínios continuarão, ainda não foi determinado. Dito isso, o 10º conjunto de sanções da UE, anunciado em 25 de fevereiro, proíbe a importação de betume, materiais relacionados como asfalto, borrachas sintéticas e estima-se que reduza as receitas totais de exportação da Rússia em quase US$ 1,4 bilhão.

Fonte: Oilprice.com

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