As licenças ambientais de petróleo poderão ser retomadas em breve
Desaceleração impactou a produção de petróleo do Brasil, com uma redução de 200.000 barris por dia devido à falta de licenças
Os trabalhadores ambientais federais do Brasil, representados pelo sindicato Ascema, propuseram um acordo para acabar com a greve que tem impedido licenças de projetos de petróleo e gás na floresta amazônica. A greve, iniciada no mês passado quando o grupo exigia melhores salários e condições de trabalho, teve uma resolução parcial quando o sindicato decidiu renunciar à maioria das suas reivindicações, exceto um aumento salarial.
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A greve colocou uma pressão considerável sobre a agência ambiental do Brasil, o Ibama, que é responsável pela emissão de licenças cruciais para a sua indústria petrolífera. Esta desaceleração impactou a produção de petróleo do Brasil, com uma redução de 200.000 barris por dia devido à falta de licenças. A Petrobrás, empresa petrolífera estatal brasileira, informou que as operações em três de seus campos de petróleo foram afetadas por atrasos nas licenças.
A carta da Ascema critica o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva pela forma como conduziu as negociações, apontando a sua aparente negligência e desrespeito pelos trabalhadores ambientais.
Apesar da proposta de fim da greve, o líder sindical Wallace Lopes disse que uma desaceleração mais ampla do trabalho, que começou em janeiro, continuará.
Esta agitação grevista ocorre num momento em que o Brasil tenta aumentar a sua produção de petróleo após um período de declínio. Os trabalhos de manutenção em plataformas offshore levaram a uma queda de 25% na produção no início deste ano, mas a produção está se recuperando, com as plataformas regressando ao serviço e novos projetos entrando em funcionamento mais cedo do que o esperado. No entanto, a greve em curso representa um risco significativo para esta recuperação, complicando potencialmente a capacidade do Brasil de cumprir as suas metas de produção e impactando o mercado petrolífero global.
A produção de óleo do Brasil deverá crescer este ano em 110.000 bpd, enquanto o crescimento da oferta do Brasil no próximo ano está previsto em 180.000 bpd, de acordo com estimativas da OPEP.
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