era um dos cientistas mais renomados do Brasil, defensor do avanço tecnológico e da soberania nacional e preconizador de valores humanitários e de uma sociedade mais justa. Esteve ao lado da entidade em diversos momentos, contribuindo com seu conhecimento para a causa do desenvolvimento do país. O físico construiu uma carreira brilhante no setor energético e acadêmico, com destaque para a ocupação da presidência da Eletrobras entre 2003 e 2004 e por ter sido diretor da Coppe/UFRJ por quatro mandatos, onde também atuou como professor titular e emérito.

Ele se formou em física pela antiga Faculdade Nacional de Filosofia, depois incorporada pela UFRJ, fez mestrado em Energia Nuclear pela Coppe/UFRJ e doutorado em Física pela PUC-Rio. Já na década de 1970, Pinguelli Rosa acompanhou a implementação do Programa Nuclear Brasileiro e dirigiu críticas ao acordo Brasil-Alemanha. O físico atuou como professor ou instrutor de cursos para engenheiros da Nuclebrás e participou de projetos para a usina de Angra I.

A nomeação em 2003 para a Presidência da Eletrobras foi um importante marco na carreira do físico. Durante sua curta gestão, a instituição criou linha de crédito para apoio ao Programa Luz para Todos. Também foram feitos importantes investimentos nas áreas de geração e transmissão de energia, além da retirada da empresa do Programa Nacional de Desestatização (PND).

Pinguelli Rosa contribuiu para diversas instituições acadêmicas como professor e pesquisador visitante na Europa, Estados Unidos e América Latina. Sua atuação internacional inclui a participação como membro do Conselho do Pugwash, entidade fundada por Albert Einstein e Bertrand Russel, e do Painel Intergovernamental de Mudanças do Clima (IPCC). Sua presença nas discussões sobre esse tema também foi marcante através da ocupação do cargo de secretário executivo do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas, organismo responsável por estudos sobre o aquecimento global e suas consequências para o país.