R5, a nova onda dos Brics
Paulo Nogueira Batista Jr. defende impulso a uso de moedas nacionais nas relações do bloco
A transformação da moeda e das finanças em armas tornou o precário "não-sistema" financeiro internacional – baseado em uma moeda fiduciária nacional, o dólar – "alarmantemente inseguro", alertou o economista Paulo Nogueira Batista Jr. em recente artigo na CGTN ("Brics Financial Cooperation – A Force for Fairness").
Ex-diretor-executivo do FMI e ex-vice-presidente do NBD, o banco dos Brics, Nogueira propõe prossigam as discussões para acordos de pagamento em moedas nacionais e a possível criação de uma nova moeda de reserva, "interessante para todos aqueles que desejam ter arranjos internacionais que não sejam vulneráveis aos caprichos e ações unilaterais de alguns grandes países".
Enquanto não se vislumbram relações pacíficas e um verdadeiro espírito multilateral no mundo, os Brics devem lançar novas iniciativas, como admitir mais membros para o NBD e usar moedas nacionais em vez do dólar em suas operações, defendeu o economista, que cita o chamado "projeto R5" – cada uma das moedas das nações do Brics (real, rublo, rupia, renminbi e rand), começa com a letra "r" – para a "multilateralização de acordos de pagamento em moedas nacionais, com base em acordos bilaterais existentes, como os entre Rússia e China e entre Rússia e Índia", ignorando o dólar, o euro e as instituições financeiras ocidentais.
Fonte: Monitor Mercantil
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