Em 2017, consolidado do golpe, o governo, apoiado pela mídia e empresariado, avançou com a força de um trator, aprovando leis e editando número recorde de Medidas Provisórias (MP's) que acabaram com históricos direitos trabalhistas; promoveram severos cortes em políticas sociais; desmotaram a política de conteúdo nacional e, corando tudo finalmente entregaram o pré-sal às multinacionais do petróleo. Todos estes retrocessos foram denunciados pela AEPET, oficialmente, em Cartas e votos nas assembleias da Petrobrás.

Estas cartas e votos (que podem ser acessados em nosso portal), trataram dos seguintes assuntos:

09 Maio/2017 – Carta a Pedro Parente: a AEPET vem questionar o atual Presidente da Petrobras e toda a sua Diretoria no que diz respeito aos RISERS FLEXÍVEIS empregados na ÁREA DO PRÉ-SAL, seja como dutos de produção ou de injeção de gás, quanto a sua segurança operacional.

25 de Maio/2017- Carta a Pedro Parente: dada a importância e o impacto dos Riscos Estratégicos a AEPET gostaria de entender em que magnitude fortalece o processo decisório a retirada da área de RISCOS da Diretoria de GRC-¬Governança, Riscos e Conformidade e a alocação desta na Diretoria de Estratégia, Organização e Sistema de Gestão.

31 de Maio/2017 – Carta à Diretora de E&P Solange Guedes, ampliando os questionamentos sobre risers flexíveis.

18 de Julho/2017 – Carta aberta à população brasileira sobre a desintegração da Petrobrás.

18 de Agosto/2017 – Carta ao presidente da Eletrobrás, Wilson Ferreira Júnior: A AEPET - Associação dos Engenheiros da Petrobras, vem respeitosamente solicitar a revogação da decisão da Eletrobras de encerrar as atividades do laboratório de Ensaios AP-4 do CEPEL.

25 de Setembro/2017 – Carta a Pedro Parente, denunciando o erro estratégico e o prejuízo com a venda da Nova Transportadora do Sudeste (NTS)

25 de Setembro/2017 – Carta a Pedro Parente, sugerindo um processo de adequação do adicional pago à Funções de Confiança, retornando aos praticados no início dos anos 2000.

20 de Outubro/2017 – Carta ao Diretor executivo de Assuntos Corporativos Hugo Repsold Júnior, questionando os novos contratos para serviços terceirizados, como apoio administrativo, informática, segurança e limpeza.

26 de Outubro/2017 – Carta ao presidente da BR Distribuidora Ivan de Sá Pereira Júnior, questionando possível desvio na venda de combustível de aviação.

16 de Novembro/2017 – Carta aberta ao Diretor Financeiro e de Relações com Investidores da Petrobrás Ivan de Souza Monteiro

21 de Novembro/2017 – Carta ao Engenheiro Eduardo Ferreira Lafraia Presidente do Instituto de Engenharia de São Paulo, questionando a Concessão do título de Eminente Engenheiro do Ano de 2017 a Pedro Parente.

Paralelamente a estes claros posicionamentos oficiais, a AEPET abriu seus espaços informativos (Portal, Aepet Direto e este Aepet Notícias) para a publicação de centenas de artigos e reportagens que fizeram o contraponto ao pensamento único, neoliberal e entreguista da mídia hegemônica, permitindo aos nossos leitores, associados ou não, entender a complexidade do momento e suas implicações na vida de todos os brasileiros.

Em julho, nosso portal e o boletim eletrônico diário - Aepet Direto - passaram por reformulações, que tornaram a navegação mais amistosa e com melhores recursos de interação com os leitores. Tudo isto tendo como princípio a principal razão de ser da AEPET, qual seja, a defesa da Petrobrás e de seu Corpo Técnico.

2018 já se prenuncia como a continuação desse nefasto 2017. Mas a AEPET mantém seus compromissos históricos com a soberania nacional e o bem estar do povo brasileiro. Para fazer frente a estes desafios, uma nova diretoria assume no dia 6 de fevereiro, mantendo como presidente o engenheiro Felipe Coutinho. (veja abaixo a composição da nova diretoria).

O engenheiro químico Felipe Coutinho foi reconduzido para um segundo mandato como presidente. Ocupará a vice-presidência o engenheiro Eugênio Miguel Mancini Scheleder, que trabalhou na Petrobrás por 52 anos.

Na diretoria de Administração estará o engenheiro químico Christian Alejandro Queipo, na Petrobrás desde 2007. Para ele, a AEPET deve “promover o debate interno em torno da política de privatização encoberta da intervenção Temer-Parente evidenciando as falhas estratégicas do seu programa, e gerar discussão sobre as políticas de reconhecimento e benefícios praticados pelo RH da companhia, buscando um equilíbrio entre responsabilidade e recompensa, sem privilégios nem excelências. O vice-diretor de Administração é Francisco Isnard Barrocas.

O engenheiro Herbert Campos Gonçalves Teixeira será o novo diretor de Comunicação, tendo como vice Fernando Siqueira. Segundo Herbert, “a diretoria de Comunicação tem papel importante em mostrar que é de fundamental importância que cada petroleiro assuma seu papel cidadão e assuma também essa tarefa de participar da gestão da Petrobras, de acompanhar de perto, supervisionando e avaliando a tomada das decisões administrativas, e também subsidiando a sociedade civil na tarefa de exercer o controle social do gasto do dinheiro público na Petrobras. Deve-se destacar que o ápice da corrupção sistêmica é a privatização das riquezas públicas.
A transparência das informações fornecida pela AEPET deverá ser uma contrapartida aos meios de comunicação que subliminarmente impõem um senso comum na sociedade de que privatização é a solução contra a corrupção sistêmica. A AEPET deve constantemente fazer uma análise crítica dos acontecimentos e apresentar uma interpretação e alternativas a conclusão propalada pelos meios de comunicação”., conclui o novo diretor.

A diretoria Cultural será comandada pelo estatístico José Antônio Simões, que trabalhou na Petrobrás entre 1975 e 2008. Para ele, o papel da diretoria Cultural “é lutar pela preservação dos valores culturais da nação brasileira, promovendo Ciclo de Palestras, com a participação de intelectuais progressistas, Cineclube para fins de estudo e debate, exibindo obras que estimulem a construção de um mundo justo e fraterno.
Rádio, TV, Jornal e Internet, meios de comunicação importantes, também devem ser utilizados nas campanhas em defesa da Petrobrás.”. O vice-diretor será Henrique Sotoma.

O administrador Pedro Pinho, que trabalhou na Petrobrás por 25 anos, assume a diretoria de Pessoal, tendo como vice Felipe de Oliveira Brito. Pinho acredita que “a defesa da Petrobrás se insere em dois campos: no da soberania brasileira e na ação do Estado na economia. Não há oposições nem incongruências nestes campos. O Brasil, como quase todos os países, sofre o ataque do sistema financeiro internacional, que denomino, abreviadamente, banca. A banca é o estágio atual do capitalismo, onde já não há preocupação com a produção nem o consumo, pilares de toda economia. Neste estágio, o capital absorve todos os ganhos da economia, seja da produção, do comércio, dos serviços, e o concentra num processo cada vez de menor número de atores, no domínio das finanças. É um capital estéril. Para luta contra este capitalismo improdutivo, em meu entender, a grande força é o nacionalismo, a soberania nacional. A Petrobrás, como um bem sucedido exemplo desta soberania, precisa defender sua ação. Agindo assim, ela colabora na luta contra a banca e pelos brasileiros.”

A diretoria Jurídica será exercida por Ricardo Moura de Albuquerque Maranhão, engenheiro que iniciou suas atividades na Petrobrás em 1970. Para ele, o grande desafio da nova diretoria da AEPET será barrar o chamado "PLANO DE DESINVESTIMENTOS". Desnecessário, entreguista, desnacionalizante, dilapidador do PATRIMÔNIO PÚBLICO. Maranhão terá como vice-diretor o advogado Edson Teixeira de Queiroz.

O novo Conselho Fiscal da AEPET terá como titulares Carla Alves Marinho Ferreira, Gustavo Batista Marun e Ana Patrícia Cavalcanti de Castro Laier. Suplentes: Paulo Teixeira Brandão, Raul Tadeu Bergmann e Ronaldo Tedesco Vilardo.