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Museu Nacional e Petrobrás, uma história de parceria entre apoios e projetos

A relação da Petrobrás com o Museu Nacional (MN) sempre foi bem próxima, principalmente nas áreas de biologia, geologia e oceanografia.

Publicado em 05/09/2018
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Durante anos a Petrobrás sempre doou material coletado em exploração em alto mar para o museu, como por exemplo, contribuindo para o acervo de invertebrados marinhos. “A Petrobrás sempre esteve presente aqui no Museu Nacional, com muita relevância contribuindo em projetos e sendo parceira. Podemos citar a aquisição de microscópio eletrônico que infelizmente acabamos perdendo no incêndio. É um apoio continuado que agrega uma rede de 13 universidades, que já formou 400 professores e que já apoiou mais de 200 bolsistas. Ao longo de 30 anos que trabalho aqui a empresa foi e é fundamental para o desenvolvimento de pesquisas e preservação da biologia marinha no Brasil” – conta, Clovis Castro, professor titular do MN/UFRJ.

Ainda sobre a Petrobrás, a empresa implantou o Laboratório de Microscopia Eletrônica em projeto sobre mar profundo, junto com o Centro de Pesquisas da Petrobrás (Cenpes), construiu o prédio do Departamento de Botânica, patrocinou a recuperação do Torreão Norte, de telhados de vários blocos do Palácio, diversas fachadas, etc. Além disso, ainda com o Cenpes, foram realizados diversos mapeamentos biológicos da Bacia de Campos para fins de licenciamento ambiental.

O fato é que há tempos existe uma acentuada redução de investimentos em pesquisa, e com a aprovação da Lei do Teto de Gastos, que congela por 20 anos os investimentos nas áreas sociais, de educação e cultura, aprovada pelo governo Temer o abandono de entidades de como o Museu Nacional deixam a precariedade a mostra e resultam em tragédias como o incêndio do antigo Palácio Imperial da Quinta da Boa Vista. E para prosseguimento do trabalho dos projetos é fundamental o apoio de empresas que tenham o compromisso com o Brasil como tem no seu “DNA” a Petrobrás. O problema é que diante do ataque neoliberal ao projeto de desenvolvimento do país há de ter preocupação com a continuidade do apoio e pesquisa existentes até o momento feitos pela maior empresa do Brasil.

Projeto Coral Vivo tem patrocínio da Petrobrás resiste à tragédia do Museu Nacional

Uma das iniciativas em preservação e pesquisa que têm a participação do Museu Nacional/UFRJ é o Projeto Coral Vivo, que é patrocinado pela Petrobrás desde 2006, fundado em 2003, pelos professores do Museu Nacional/UFRJ, Clovis Castro e Débora Pires.

O Coral Vivo tem base no Arraial d’Ajuda Eco Parque, em Arraial d’Ajuda, Porto Seguro (BA), um dos lugares de maior biodiversidade marinha do Atlântico Sul, atuando para a conservação e uso sustentável do ecossistema marinho por meio dos seguintes eixos temáticos principais: pesquisa, educação, turismo, políticas públicas e sensibilização, incluindo ações do Plano de Ação Nacional para a Conservação dos Ambientes Coralíneos (PAN Corais).

Até o dia do incêndio, o Museu Nacional recebia uma exposição com colônias centenárias de coral coletadas por naturalistas da Comissão Geológica do Império (época do Pedro II), amplo acervo de espécies ameaçadas no Brasil em vidro ou taxidermizadas (empalhadas), e também uma área com espécies marinhas do Brasil. O nome da exposição “Expedição Coral: 1865-2018”. De uma das colônias de coral expostas, foi feito um estudo nos EUA confirmando a datação. Agora uma lâmina desse coral estudado está na UERJ para estudo que irá avaliar dois séculos sobre como ocorreram às mudanças climáticas no passado.

Infelizmente com a tragédia do dia 2 de setembro, uma parte do acervo da exposição foi perdida, mas o trabalho continua. “Ainda não dá para mensurar o tamanho da perda. Mas o Projeto Coral Vivo é bem amplo e tudo continua plenamente. Grande parte do acervo pertencente do Departamento de Invertebrados do museu fica no subsolo do prédio antigo e outra no prédio anexo, no Horto Botânico, também na Quinta da Boa Vista. O Horto Botânico também é do Museu Nacional” – informa o prof. Clovis Castro que é coordenador de Planejamento do Coral Vivo e Coordenador Executivo do PAN Corais.

Fonte: Sindipetro-RJ

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André Lobão
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