O sucesso da China sem eleições
“Legitimidade está na competência”, afirma o cientista político Eric X. Li.
Entre 1970 e 2010, o número de países que adotaram a democracia capitalista e multipartidária saltou de 45 para 115. No entanto, se comparados com a China do regime unipartidário e sem eleições, em tais nações as promessas de eficiência econômica e legitimidade política ficaram muito distantes do prometido.
Em 30 anos, a China deixou de ser uma economia de base agrícola para a se tornar segunda maior economia do mundo.
“Em três décadas, 650 milhões de pessoas foram retiradas da linha da pobreza, melhor que o desempenho de todas as democracias, novas e antigas, juntas no mesmo período”, afirma Eric Li, que acumula a inusitada dupla atividade de investidor e cientista político.
Sucessivas reformas fizeram com que o Partido Comunista Chinês absorvesse até empresários, “algo inimaginável nos tempos de Mao (Tsé Tung)”, disse.
Também no plano político, não há estagnação. Li afirma que, apesar de haver corrupção, como em todo lugar, a China está entre os países com maior mobilidade política no mundo, ou seja, a maioria dos políticos veio da base e trabalhou duro pela ascensão na carreira.
“Eu ousaria sugerir que o Partido é o maior especialista do mundo em reforma política”, resume o cientista político.
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