Pensar o desenvolvimento é cada vez mais tarefa do Estado
Não há burguesia industrial para liderar um processo de substituição de importações e os bancos preferem especular.
Seguindo com a série de entrevistas com palestrantes e organizadores do ciclo de seminários “Uma nova geopolítica para as cadeias produtivas do gás natural: desafios e oportunidades para a reindustrialização brasileira e impactos sobre o Rio de Janeiro”, o AEPET TV ouviu também os professores do Instituto de Economia da UFRJ Renata La Rovere e Jacob Binsztok, que se juntaram a Luiz Carlos Prado nos comentários e proposições para a reindustrialização do Brasil e do Estado do Rio de Janeiro, com ênfase nas oportunidades geradas pelo segmento de petróleo e gás.
A professora Renata observa que, além de destravar o investimento, é preciso que os governos se previnam contra a sabotagem vinda, por exemplo, de operações como a Lava Jato.
Já o professor Jacob observa que, em termos de refino, estamos mais atrasados que a Nigéria, sem, por exemplo, capacidade para produzir combustíveis e fertilizantes para garantir a segurança nacional em momentos de crise internacional ou que sustente um projeto de desenvolvimento.
Quanto ao Rio, cuja decadência de seis décadas se agravou nos últimos anos, Jacob pondera que “sofreu com a socialização do prejuízo com interrupção de projetos como o Comperj”