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Karina Marrón González

Distúrbios em Cuba, tecnologias e cumplicidade dos EUA

Cuba denunciou o governo dos EUA pela sua cumplicidade nos distúrbios verificados em 11 de Julho, nos quais utilizaram ferramentas tecnológicas

Publicado em 16/07/2021
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Cuba denunciou o governo dos EUA pela sua cumplicidade nos distúrbios verificados em 11 de Julho, nos quais utilizaram ferramentas tecnológicas para criar a imagem de mobilização popular que tentam defender.

Na véspera o ministro dos Negócios Estrangeiros, Bruno Rodríguez, acusou a administração daquele país e em particular a do estado da Florida de conceder fundos à empresa Proactivo Miami Foundation Inc, envolvida na articulação da campanha para incitar a população a realizar ações de desestabilização.

O ministro cubano do exterior denunciou a conferência de imprensa em que Washington identificou a pandemia do Covid-19 como uma oportunidade para reforçar o bloqueio econômico com motivações políticas, numa tentativa deliberada e cruel para asfixiar o país e provocar explosões sociais.

Assim o comprova o fato de que, das 243 medidas coercitiva implementadas pela administração de Donald Trump (2017-2021) para intensificar o cerco norte-americano sobre a nação caribenha, 50 foram aplicadas durante a emergência sanitária.

A isso somam-se os milhões de dólares que a cada ano a Casa Branca destina, de forma pública ou encoberta, para fomentar a subversão, criar instabilidade e fraturar o consenso social e a tranquilidade cidadã, assegurou Rodríguez.

Desta vez, contudo, os protagonistas foram as tecnologias, pois através das redes sociais se pôs a andar a maquinaria da manipulação, incitação à violência, migração irregular, desordem público e inclusive o magnicídio.

O ocorrido no domingo 11 de Julho não foi um movimento popular como querem impingir, enfatizou. E explicou que se tratou de uma operação mediática de grande envergadura que teve início em meados do mês de Junho com dinheiro do governo norte-americano.

A Proactivo Miami Foundation Inc aparece no centro de tudo, pois esta companhia articulou-se com meios concebidos para a agressão à ilha, dentre eles ADN Cuba, e com os utilizadores mais prolíficos no uso da etiqueta #SOSCuba, que artificialmente converteram em tendência mundial.

Para isso usaram robots que colocaram milhões de mensagens em pouco tempo, pormenorizou o chefe da diplomacia cubana, o qual deu como exemplo que uma só conta a partir da Espanha colocou mais de mil tuítes, à razão de cinco por segundo.

Relatou que além disso acossaram influencers para que promovessem a etiqueta e pressionaram pessoas reais para que mudassem sua localização, de maneira a parecerem que estavam em Cuba e desse modo sustentar que 60 por cento da mensagens tiveram origem na nação caribenha.

Rodríguez denunciou que a companhia Twitter não activou suas políticas antispam nem fechou contas, apesar das advertências recebidas sobre as violações das suas regras de uso, numa atitude que classificou de escandalosa e cúmplice.

Irresponsável foi outro qualificativo empregue pelo ministro, ao referir-se aos políticos estado-unidenses que promovem o despacho de meios navais dos Estados Unidos em direcção à ilha, ao mesmo tempo que aludiu às relações entre pessoas que actuaram como agentes ao serviço estrangeiro e diplomatas.

Esperamos que o governo dos Estados Unidos não persista nas políticas dos seus antecessores e que atue com sentido ético, disse, ainda que se mostrasse surpreendido pela impunidade com que alentam incidentes migratórios.

Se tivesse uma preocupação sincera por Cuba, o presidente estado-unidense poderia tomar decisões executivas e modificar substancialmente aspectos do bloqueio económico, inclusive aqueles relacionados com o enfrentamento da pandemia, como os que obstaculizam a aquisição de ventiladores pulmonares, sustentou Rodríguez.

Apesar de tudo, afirmou, fatos como os do domingo não poderão afastar Cuba dos seus objectivos: enfrentar a pandemia, resolver os problemas, intensificar os intercâmbios com a cidadania e o debate sobre suas inquietações, bem como envolver as pessoas na busca de soluções.

Contamos com a solidariedade internacional, acrescentou, e enfatizou que a ilha sempre atuará de forma soberana.

Karina Marrón González - Jornalista da Prensa Latina

Fonte: Resistir.Info

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