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Luiz Antônio dos Santos

Racismo no Brasil, Bolsonaro e Mourão

de João Alberto Silveira Freitas, em uma loja do Carrefour, em Porto Alegre (RS), o presidente Jair Bolsonaro e o vice Hamilton Mourão afirmara

Publicado em 24/11/2020
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de João Alberto Silveira Freitas, em uma loja do Carrefour, em Porto Alegre (RS), o presidente Jair Bolsonaro e o vice Hamilton Mourão afirmaram que não existe racismo no Brasil. Os mandatários alegam que quem denuncia racismo no país desrespeita a história. Bolsonaro ainda classifica manifestantes que estão indo às ruas como ‘lixo’.

Na cidade do Rio de Janeiro, na década de 1830, portanto quase 200 anos antes, negros que haviam sido escravos, e depois conseguiram se libertar, começaram a lançar jornais que exigiam o fim da escravidão e denunciavam o racismo no Brasil. Alguns daqueles jornais não passavam de duas ou três edições, mas o número de veículos de comunicação foi enorme. A população, inclusive os brancos, chamava o movimento de ‘Imprensa mulata’. O historiador Nélson Werneck Sodré escreveu nos anos 1980, no O Estado de São Paulo, um artigo intitulado ‘Imprensa mulata’, no qual apresentou com riqueza de detalhes aquele processo jornalístico.

Outro registro a ser considerado ocorreu em 1911. Naquele ano, em Londres (Inglaterra), no Congresso Universal das Raças, o representante da delegação brasileira, João Baptista de Lacerda, afirmou que, por conta da imigração de brancos e da mestiçagem, em um século não haveria mais negros no Brasil, e depois, os índios e os próprios mestiços iriam desaparecer. Para boa sorte nacional a profecia não se concretizou e a população negra e parda hoje é 53% do total.

Vale lembrar que uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que resultou no livro O lugar do Negro na força de trabalho, apurou que, no mercado de trabalho do Brasil, as negras e os negros recebem remuneração menor do que as brancas e os brancos para realizar a mesma atividade. A lei determina salário igual para trabalho igual. Prova de que existe racismo estrutural no Brasil.

Parece que os mandatários é que agridem a história.

Fonte: Monitor Mercantil

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