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Tian Yuzhen
Tian Yuzhen

Retórica negativa contra a China é mal-intencionada e fadada ao fracasso

A economia da China avançou para um novo estágio, porém, algumas pessoas ainda estão presas ao passado

Publicado em 25/09/2023
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Há algum tempo, pairam no ar afirmações como a de que a economia chinesa “já alcançou o pico”, “está perdendo força” ou até mesmo se encontra “à beira de um colapso”. Esses argumentos, contrários à lógica e aos fatos, são frágeis quando confrontados com a realidade.

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Essa “dissonância cognitiva” reflete uma visão de mundo fechada e rígida. A obsessão pelo declínio da China revela segundas intenções. Culpar a China por todo e qualquer problema tornou-se a tática mais usual de certos políticos ocidentais para desviar a atenção da opinião pública interna. Exageram as flutuações de curto prazo nos dados econômicos da China, amplificam deliberadamente o risco de desafios em uma tentativa de justificar a chamada política de “redução de riscos” em relação à China. Tudo isso não passa de um jogo para desviar a atenção e confundir a opinião pública.

Já dizia um poeta chinês: “De ambas margens vem incessante o choro dos símios, [mas] o leve barco já passou por dez mil montanhas.” Desde o início da Reforma e Abertura, a China tem enfrentado projeções pessimistas na arena internacional, com alerta para possíveis colapsos de diferentes tipos. No entanto, em vez de declinar, a economia da China consolidou seu poder abrangente, resultando em melhorias contínuas na vida dos chineses. O bem-estar, a satisfação e a segurança da população estão sob constante reforço e garantia.

Durante a última década, a economia chinesa registrou uma média de crescimento de 6,2% por ano, e sua participação na economia mundial aumentou de 11,3% em 2012 para 18,4%, respondendo por mais de 30% do crescimento global. Mesmo durante os três anos da pandemia, o PIB chinês manteve um crescimento anual em torno de 4,5%, bem acima da média mundial. Perante uma complexa e desafiadora conjuntura internacional, o PIB da China registrou, no primeiro semestre de 2023, uma alta de 5,5%, um crescimento que superou tanto a taxa de 3% do ano anterior quanto a de 4,5% do primeiro trimestre. Entre as principais economias do mundo, a China obteve o melhor desempenho em relação aos EUA (1,7%), à União Europeia (1,1%) e ao Japão (-0,4%).

Esse crescimento da economia chinesa não foi apenas em termos quantitativos, mas também qualitativos. Um exemplo disso é o setor automobilístico: a China tem mantido a liderança mundial na produção e venda de automóveis por 14 anos consecutivos. Além disso, o país também conquistou uma posição de destaque no mercado de veículos movidos a novas energias nos últimos 8 anos. Em 2022, a China ultrapassou a Alemanha na posição de segundo maior exportador de automóveis do mundo.

Ao mesmo tempo, com o alto nível de abertura ao mundo, a China se destaca como um polo de atração para investimentos. Grandes multinacionais como Siemens, BMW e Volkswagen apostam na China e escolhem o mercado chinês como “obrigatório”. Entre janeiro e agosto, foram constituídas 33 mil empresas com investimento estrangeiro no país todo, um salto de 33%. Os aportes efetuados por países como Reino Unido, Canadá e França aumentaram 132,6%, 111,2% e 105,6%, respectivamente. Dos 1,31 milhão de carros que a Tesla entregou no mundo em 2022, 54,2% foram produzidos na gigafábrica em Shanghai. São dados sólidos que desmentem a retórica de que “a China sofre uma fuga de capital estrangeiro”.

Os amigos brasileiros devem sentir na pele as novas oportunidades geradas pela economia chinesa. Entre janeiro e agosto deste ano, o comércio bilateral já ultrapassou a marca de US$ 100 bilhões, um recorde histórico. No mesmo período, o superávit comercial do Brasil com a China foi de US$ 33,1 bilhões, maior que o registrado em todo o ano passado.

Uma fábula bem conhecida na China conta a seguinte história: Um homem do antigo Reino de Chu deixou sua espada cair na água ao atravessar um rio. Às pressas, ele fez uma marca no costado da embarcação para poder resgatar sua arma quando chegar na outra margem. Não é curioso esse método de recuperar a espada perdida no rio? Infelizmente, em pleno século 21, muitas pessoas ainda repetem a mesma tolice. A economia da China avançou para um novo estágio, porém, algumas pessoas ainda estão presas ao passado, mantendo uma perspectiva obsoleta e desatualizada do país, e todas as suas previsões pessimistas têm se mostrado equivocadas. Existe algo mais insensato do que isso?

Tian Yuzhen

Cônsul-Geral Interino da China em São Paulo.

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