Siga a AEPET
logotipo_aepet

A BR de hoje pode ser a Petrobrás amanhã

Privatizada em tempo recorde, a BR Distribuidora está impondo goela abaixo dos trabalhadores

Publicado em 19/11/2019
Compartilhe:

um Programa de Desligamento Optativo (PDO), que de optativo só tem o nome. Os gestores querem colocar na rua um terço dos trabalhadores com a mesma agilidade com que venderam a subsidiária. O PDO foi lançado no dia 08 de novembro, com prazo de adesão de 12 a 19 de novembro e os desligamentos serão feitos no dia 10 de dezembro.

Quem aderir ao “Instrumento Particular de Rescisão e Quitação” de contrato de trabalho abre mão de todos os direitos, em troca de indenizações que correspondem a 75% da remuneração mensal por ano trabalhado. Quem não aceitar as condições, poderá ficar na empresa com direitos reduzidos e salários 40% menores, se tiver perfil para se encaixar na nova modelagem da companhia.

“É o começo de um novo tempo”, como afirmou o presidente da BR Distribuidora, Rafael Grisolia, ao comemorar a privatização da empresa, com lorotas do tipo: trabalhador agora será valorizado com práticas de gestão, salários e produtividade do porte de empresas privadas. O mesmo discurso que vem sendo reproduzido pelas gerências da Petrobrás nas unidades colocadas à venda, na tentativa de iludir o trabalhador de que a privatização será melhor para ele.

Não é isso que está acontecendo na BR Distribuidora. A RMNR, por exemplo, já foi extinta. Auxílio alimentação, benefícios educacionais, AMS e Petros estão indo pelo mesmo caminho. Empresas de consultoria tocando o terror, gerentes executivos demitidos sumariamente, acordo coletivo em aberto... este é o atual cenário que os trabalhadores vivem na distribuidora.

O que está acontecendo hoje na BR é o que a gestão Castello Branco planeja para várias outras unidades da Petrobrás.

Dos atuais 3 mil funcionários da subsidiária, cerca de mil deverão deixar a empresa. Em comunicado ao mercado, a gestão da BR informou que investiu aproximadamente R$ 780 milhões no PDO e estima ter uma redução de custos na ordem de R$ 650 milhões anuais.

A BR Distribuidora é o exemplo do que poderá ser a Petrobrás amanhã.

Só a luta coletiva garantirá o emprego dos petroleiros e petroleiras. Não há saída individual.

Fonte: FUP

 

Receba os destaques do dia por e-mail

Cadastre-se no AEPET Direto para receber os principais conteúdos publicados em nosso site.
Ao clicar em “Cadastrar” você aceita receber nossos e-mails e concorda com a nossa política de privacidade.
Jornalismo AEPET
Compartilhe:
guest
0 Comentários
Feedbacks Inline
Ver todos os comentários

Gostou do conteúdo?

Clique aqui para receber matérias e artigos da AEPET em primeira mão pelo Telegram.

Continue Lendo

Receba os destaques do dia por e-mail

Cadastre-se no AEPET Direto para receber os principais conteúdos publicados em nosso site.

Ao clicar em “Cadastrar” você aceita receber nossos e-mails e concorda com a nossa política de privacidade.

0
Gostaríamos de saber a sua opinião... Comente!x