Siga a AEPET
logotipo_aepet

A inapetência política para deter ou reverter os malefícios das privatizações

A AEPET tem reiterado que a retomada dos ativos da Petrobrás, vendidos nos últimos 7 anos, é a única forma do Brasil voltar a ter um empresa de energia integrada.

Publicado em 08/11/2023
Compartilhe:

No último fim de semana, a maior cidade do país se viu quase às cegas, com 4 milhões de pessoas sem o fornecimento de energia elétrica, distribuída pela privatizada Enel, e seis dias após, milhares de habitantes ainda não tinham o fornecimento restabelecido.

Receba os destaques do dia por e-mail

Cadastre-se no AEPET Direto para receber os principais conteúdos publicados em nosso site.
Ao clicar em “Cadastrar” você aceita receber nossos e-mails e concorda com a nossa política de privacidade.

Culpando apenas o forte temporal que atingiu a cidade, a empresa é incapaz de fazer ao menos um pedido de desculpa à população. E tanto o governo do Estado como o prefeito foram incapazes de enquadrar a Enel ou discutir o seu papel estratégico e o erro de sua privatização. Ao contrário, o governador Tarcísio Freitas mantém a toque de caixa o processo de venda da empresa de saneamento Sabesp.

Ex-governador do Paraná, Roberto Requião, que luta em seu Estado contra a venda da Copel, afirmou em vídeo: “Energia privatizada vira “chupa-cabra” da economia” (https://aepet.org.br/noticia/requiao-energia-privatizada-vira-chupa-cabra-da-economia/)

Requião aponta também a responsabilidade de Lula sobre o que acontece na Petrobrás. “Lula assumiu prometendo 'abrasileirar' a Petrobrás. Mas não foi o que ele fez. Colocou o Prates, que foi consultor de empresas privadas e foi lobista das empresas que ganharam com o fim do monopólio”.

Já vamos para o 11º do mês da gestão Lula/Prates na Petrobrás e o que se vê é a inapetência política de enfrentar e reverter o desmonte da empresa, promovido desde 2016.

E nesta semana vimos uma verdadeira chantagem da empresa Unigel Agro, que arrendou a Fafen Bahia, fechou a fábrica e colocou no colo da Petrobrás a demissão de quase 300 trabalhadores, como forma de tentar obter preços menores pelo gás natural. (https://aepet.org.br/noticia/arrendataria-da-ex-fafen-bahia-pressiona-petrobras-e-demite-quase-300-empregados/)

A AEPET tem reiterado que a retomada dos ativos da Petrobrás, vendidos nos últimos 7 anos, é a única forma do Brasil voltar a ter um empresa de energia integrada. Reverter a entrega da BR Distribuidora, da malha de gasodutos e das refinarias é uma ato de vontade política e juridicamente amparado, como sustenta o jurista Gilberto Bercovici.

O fim efetivo do PPI e a retomada dos investimentos nos patamares pré lava jato também são instrumentos necessários para que a Petrobrás reassuma seu papel de grande indutora do desenvolvimento e da soberania nacional.

Infelizmente, tanto o governo como a atual gestão da Petrobrás não parecem dispostos a comprar essa luta.

Jornalismo AEPET
Compartilhe:
guest
3 Comentários
Mais votado
Mais recente Mais antigo
Feedbacks Inline
Ver todos os comentários

Gostou do conteúdo?

Clique aqui para receber matérias e artigos da AEPET em primeira mão pelo Telegram.

Continue Lendo

Receba os destaques do dia por e-mail

Cadastre-se no AEPET Direto para receber os principais conteúdos publicados em nosso site.

Ao clicar em “Cadastrar” você aceita receber nossos e-mails e concorda com a nossa política de privacidade.

3
0
Gostaríamos de saber a sua opinião... Comente!x