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A insustentável leveza do “verde”

“A energia verde não é exatamente o que parece, não nos salvará. Não existe energia completamente limpa”

Publicado em 14/09/2023
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A defesa da “energia limpa ou verde” frente à utilização da energia de origem fóssil ganha cada vez mais destaque, extrapola os debates acadêmicos e científicos, ganhando ares de campanha publicitária, onde somos levados a ter apenas uma opção.

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O artigo do engenheiro e historiador Gustavo José Simões “Verdades inconvenientes sobre as energias verdes” vai na contramão do discurso da supremacia atual do discurso “ambientalmente correto” ao apontar as fragilidades de uma transição energética apoiada principalmente nas fontes eólica e solar. Diz ele: “A energia verde não é exatamente o que parece, não nos salvará. Não existe energia completamente limpa”.

Simões prossegue: “O Sol e o vento são fontes de energia renováveis, mas os materiais da tecnologia verde não o são. Painéis fotovoltaicos, turbinas elétricas, aero geradores e veículos elétricos devem ser fabricados e eventualmente substituídos por novos dispositivos, pois têm um ciclo de vida...e os argumentos favoráveis ignoram a necessidade de produzir grandes quantidades de metais e terras raras, cuja extração resulta em muito mais poluição do solo do que os combustíveis fósseis.”

O geólogo Geraldo Luís Lino comentou sobre o artigo de Simões: “A chamada transição energética é uma farsa cruel, que, infelizmente, tem um grande poder de sedução, devido à desinformação generalizada sobre o assunto... A transição real deve dar-se com fontes de maior densidade energética.”

Desse ponto da discussão chegamos a outro “verde”: o dólar estadunidense e o poder das finanças internacionais. Pela primeira vez tendo seu poder monetário contestado no mundo dos negócios, o dólar precisa de oxigênio, não para salvar o planeta, mas para manter o poder parasitário do setor financeiro internacional. É, para isso, nada mais oportuno do que uma guerra contra o petróleo e os países produtores.

O artigo “As pelejas do petróleo contra as finanças apátridas”, de Felipe Quintas e Pedro Pinho descreve as mudanças geopolíticas desde a Revolução Industrial até os dias atuais. Os autores escrevem: “O poder financeiro sempre esteve associado a guerras, em sua expansão como finanças da aristocracia inglesa, eliminou populações inteiras impondo seu idioma, costumes e legislações na ação mais intensa da pedagogia colonial. O resultado se vê, ainda hoje, na continuidade deste poder com o dólar estadunidense, sucessor da libra esterlina, e no inglês como a língua dos negócios em todo mundo, mesmo entre países que não a têm como idioma oficial.” E concluem:

“”As finanças agora apátridas, tendo por agentes os “gestores de ativos” com seus recursos nos paraísos fiscais, promovem a guerra ao petróleo no século 21.”

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