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Acelen não consegue concorrer com Petrobrás no mercado brasileiro e começa a exportar diesel

A estatal diz que que a Acelen é livre para comprar petróleo da Petrobrás, de outros produtores de petróleo no Brasil, ou importar petróleo.

Publicado em 17/07/2023
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RLAM Refinaria Landulpho Alves
Foto: Andre Valentim (Petrobras)

Uma tempestade perfeita se formou em torno da única refinaria privada de grande porte do País, a Refinaria de Mataripe, na Bahia, que já começou a exportar diesel por não conseguir concorrer com a Petrobrás no mercado brasileiro, segundo apurou o Estadão/Broadcast.

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Além da venda de petróleo a um preço 10% acima do que vende para as próprias refinarias, a Petrobrás ficou mais competitiva com a nova estratégia comercial, e, para agravar a situação, o diesel russo barato invadiu o Brasil em um momento em que a demanda não é das melhores.

A Refinaria de Mataripe, ex-Refinaria Landulpho Alves (Rlam), foi vendida pelo governo Bolsonaro no final de 2021. A venda fazia parte de um programa que previa a transferência de metade do parque de refino brasileiro para a iniciativa privada, com objetivo de aumentar a concorrência do mercado e assim reduzir o preço dos combustíveis.

Estatal diz praticar preços competitivos

Em resposta às críticas, a Petrobrás afirmou que, como uma empresa integrada, não vende petróleo para as suas refinarias, apenas transfere o petróleo de suas unidades de produção e aloca em suas unidades de refino. "Estas alocações são realizadas de acordo com um planejamento integrado que leva em consideração parâmetros de mercado", disse a empresa em nota.

A Petrobrás argumenta que a produção de petróleo no Brasil supera 3 milhões de barris por dia, contando com cerca de 60 produtores de petróleo. "Excluindo a Petrobrás, os demais produtores de petróleo já produzem mais de 1 milhão de barris de petróleo por dia, volume que supera em mais de duas vezes a capacidade de processamento de todos os refinadores independentes combinados", informa.

A Petrobrás também contestou a informação de que responde por 93% da comercialização de petróleo, informando que responde por cerca de 41% do volume de óleo disponível para comercialização no País.

Referindo-se especificamente à Refinaria de Mataripe, na Bahia, a estatal diz que os ativos da Acelen superam US$ 276 bilhões, e que a empresa é livre para comprar petróleo da Petrobrás, de outros produtores de petróleo no Brasil, ou importar petróleo.

Sobre qual será o comportamento da nova estratégia comercial da estatal, diante do aumento do preço do petróleo, a empresa disse que "se observa nesse momento um aumento da volatilidade do mercado", e que tem como premissa a prática de preços competitivos e em equilíbrio com os mercados nacional e internacional. "A Petrobrás segue monitorando o mercado, e não antecipa as suas decisões de preços", concluiu.

Fonte(s) / Referência(s):

Jornalismo AEPET
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