AEPET quer a reversão das vendas dos ativos feitas pela Petrobrás
Em entrevista ao Petronotícias, presidente da AEPET reafirma compromisso com reversão das medidas temerárias
Dentro do nosso projeto de ouvir personalidades influentes do nosso mercado, conversamos com o Presidente da Associação de Engenheiros da Petrobrás, Felipe Coutinho, um feroz combatente da política implantada pela Petrobrás de Pedro Parente. Coutinho considera um erro vender os ativos da companhia e ainda mais, como diz, “ a preço de banana”. Ele defende a reversão dessas medidas que considera uma espécie de privatização. Vamos saber as suas opiniões sobre as perspectivas para 2018:
Como analisa os acontecimentos de 2017 em seu setor?
Os piores momentos da Nova República. O governo Temer assumiu a agenda das multinacionais estrangeiras do Petróleo e desgraçou o Brasil. Entrega do patrimônio dos brasileiros e da Petrobrás a preço de banana. Entrega do mercado brasileiro de derivados. Ociosidade das nossas refinarias e importação de derivados dos Estados Unidos.
É a política energética “America first” para desgraçar a vida da maioria dos brasileiros que são submetidos as mentiras midiáticas repetidas até que sejam aceitas como verdades. De fazer inveja a Goebels.
Quais seriam as soluções para os problemas que o país atravessa?
Reversão de todas as medidas temerárias. Tratar os beneficiários da privatização do petróleo e dos ativos da Petrobrás como receptadores de mercadoria roubada. Soberania e desenvolvimento em favor da maioria dos brasileiros.
Quais as perspectivas para 2018? Pessimistas ou otimistas?
Expectativa de que haja eleição e de que o novo governo não concilie com entreguistas e corruptos. Que seja do partido de Tiradentes. Lembro uma citação do Livro de Barbosa Lima Sobrinho, “Presença de Alberto Torres”, de 1968:
“Através dos séculos, só existem realmente, no Brasil, dois partidos, o de André Vidal de Negreiros e o de Calabar. O de Tiradentes e o de Joaquim Silvério dos Reis. O que não transige com o interesse do Brasil e o que atrela o destino do Brasil ao destino de uma nação estrangeira. O que não recua diante de nenhum sacrifício e o que procura se acomodar à missão de dependência e de humilhação, numa vassalagem que ignora a força, e a grandeza, de um ideal de autonomia. Alberto Torres se incorporou à linhagem de Negreiros, de Henrique Dias e de Camarão. Seguiu a estrela que Tiradentes acendeu nos céus brasileiros. Por isso, também, seu nome volta e voltará, como o próprio Brasil. Para apontar às gerações que chegam, e às que virão depois delas, o destino com que o Brasil sonha, feito, todo ele, de coragem, de obstinação e de independência. E também de Dignidade. O destino de uma Nação, consciente de si mesma, e que deseja caminhar de cabeça erguida, entre as nações do universo, para marcar na História uma posição, não de colônia, nem de satélite, mas a posição de uma Nação soberana.”
FONTE: Petronotícias
Receba os destaques do dia por e-mail
Gostou do conteúdo?
Clique aqui para receber matérias e artigos da AEPET em primeira mão pelo Telegram.