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Agora é oficial: Haddad na Fazenda

Lula anunciou cinco ministros do futuro governo

Publicado em 09/12/2022
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O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva anunciou os cinco primeiros ministros do futuro governo. Os nomes foram apresentados no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) de Brasília, onde está instalado o Gabinete de Transição.

Segundo Lula, alguns nomes foram antecipados para que possam montar as equipes.

"Preciso que algumas pessoas comecem a trabalhar para montar a estrutura do governo e para que o governo comece a funcionar", disse.

Os futuros ministros serão os seguintes: na Casa Civil, Rui Costa, governador da Bahia até dezembro; na Fazenda: Fernando Haddad, ex-ministro da Educação e ex-prefeito de São Paulo; na Defesa: José Múcio Monteiro, ex-ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) e ex-ministro de Relações Institucionais; na Justiça e Segurança Pública: Flávio Dino, senador eleito pelo Maranhão e ex-governador do estado; e nas Relações Exteriores: Mauro Vieira, ex-chanceler e embaixador do Brasil na Croácia.

Pouco após ser confirmado ao cargo, Haddad concedeu uma rápida entrevista aos jornalistas.

"A discussão sobre o novo marco fiscal, a reforma tributária e a revitalização do acordo entre o Mercosul e a União Europeia serão prioridades da equipe econômica no primeiro ano de governo", disse.

O ministro disse ter em mente alguns nomes para a equipe econômica, mas que só começará a fazer os convites agora, após ter sido confirmado ao cargo. Sobre a preparação para assumir o Ministério da Fazenda, Haddad informou que a Prefeitura de São Paulo ganhou grau de investimento (selo de bom pagador) durante sua gestão.

"É só olhar o histórico e ver que a Prefeitura de São Paulo recebeu investment grade, pela primeira vez, durante minha gestão. Quem não olha o histórico cai em fake news".

Em relação à discussão sobre o novo marco fiscal, o futuro ministro disse que o novo governo está obrigado a definir um substituto para a regra do teto de gastos após a aprovação, pelo Senado, da PEC da Transição.

O novo ministro disse que a equipe econômica será "plural" e que será combinada junto com o Ministério do Planejamento, pasta a ser recriada e cujo titular ainda não foi anunciado. "Preciso combinar com o ministro do Planejamento, para ter uma equipe coesa", disse.

Haddad prometeu conceder uma entrevista na próxima terça-feira. Ontem, o novo ministro da Fazenda reuniu-se pela primeira vez com o ministro da Economia, Paulo Guedes. O encontro ocorreu fora da agenda oficial e só foi confirmado após o fim da reunião.

Os demais ministros serão anunciados na próxima semana, após a cerimônia de diplomação de Lula e do vice-presidente eleito Geraldo Alckmin. Originalmente, a equipe do futuro governo só seria anunciada após a diplomação, mas Lula decidiu antecipar alguns nomes após a aprovação no Senado da PEC da Transição.

Em relação ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, Lula disse que pretende desmembrar a pasta no futuro, mas que, no primeiro momento, Flávio Dino concentrará as duas pastas. Segundo ele, caberá ao futuro ministro reestruturar as carreiras da Polícia Rodoviária Federal e reduzir a interferência política nas forças de segurança.

Em relação à indicação sobre os futuros comandantes militares, Lula informou que o novo ministro da Defesa conversará com os nomes sondados para fazer os convites. Ao sair do CCBB, Múcio informou que pretende reunir-se com o atual presidente Jair Bolsonaro, o ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, e os atuais comandantes das Forças Armadas na próxima semana.

Prestes a apresentar os relatórios finais, o Gabinete de Transição foi o que mais teve participação da sociedade e que economizou no Orçamento, disse Lula. Com 32 grupos técnicos, o Gabinete de Transição reuniu 940 participantes, a maioria absoluta voluntários. Ao mesmo tempo, segundo Lula e Alckmin, teve o menor custo da história. De 50 cargos disponíveis, somente 22 foram nomeados.

"Penso que foi a transição mais democrática já feita na história das transições. O que me impressionou bastantes foi a quantidade de voluntários e que não usamos a quantidade de dinheiro que ofereceram para a transição", disse Lula.

Coordenador-geral da equipe de transição, Alckmin disse que os grupos técnicos apresentaram 180 requerimentos de informação ao governo federal, dos quais muitos não foram respondidos. Ele também detalhou o cronograma para a próxima semana.

Na segunda-feira, os grupos técnicos encerrarão os relatórios. Na terça, haverá uma cerimônia de agradecimento, com a apresentação do relatório final.

Fonte: Monitor Mercantil - com informações da Agência Brasil

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