Alemanha destinará 4 bilhões de euros anuais para subsídio de energia à indústria
A Alemanha planeja destinar cerca de 4 bilhões de euros anualmente para subsidiar os preços da eletricidade para indústrias intensivas em energia,
para apoiar um afastamento industrial dos combustíveis fósseis e desencorajar as empresas de se mudarem para o exterior.
No ano passado, o governo introduziu tetos nos preços da eletricidade e do gás para proteger a indústria e as famílias do aumento dos preços da energia, mas as empresas na Alemanha dizem que os preços da eletricidade ainda estão muito altos.
"Queremos que a indústria... fique em casa na Alemanha e receba uma perspectiva de transformação. O preço da eletricidade da indústria é destinado a isso", disse o ministro da Economia, Robert Habeck, em entrevista coletiva na segunda-feira.
O governo está discutindo os detalhes do subsídio ao qual o Ministério das Finanças se opõe, mas Habeck disse que o subsídio pode limitar os preços a 6 centavos de dólar por quilowatt-hora (kWh), cobrindo 80% do consumo das empresas industriais.
"Este preço será calculado com base no preço médio de troca de eletricidade e depois calculado", disse Habeck, acrescentando que isso daria às empresas um incentivo para procurar preços de energia mais baratos a partir de fontes de energia renováveis no mercado.
O subsídio, que custaria cerca de 25 a 30 bilhões de euros, deve ser extinto até 2030 e seria financiado pelo Fundo de Estabilização Econômica (FSE), originalmente introduzido em 2020 para resgatar a companhia aérea Lufthansa durante a pandemia.
No início deste mês, o ministério das finanças alemão recuou contra o plano de subsídios do ministério da economia, já que o orçamento não permitia isso e os fundos existentes não podiam ser redirecionados.
Pequenas e médias empresas em setores de uso intensivo de energia, como os setores de metal e químico, poderão se beneficiar do apoio, disse ele.
"Se não pagarmos esse preço, podemos não ter mais setores industriais nessas áreas de uso intensivo de energia na Alemanha e isso seria uma perda", acrescentou Habeck.
Fonte: Reuters
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