Brasil manda petróleo do pré-sal para fora
Siqueira: petróleo do pré-sal poderia acabar com problemas sociais, econômicos e financeiros.
Na véspera do Natal do ano passado, a diretora de Exploração e Produção da Petrobras, Sylvia dos Anjos, alertou em entrevista que o Brasil corre o risco de perder a autossuficiência em petróleo em menos de dez anos se não descobrir novas reservas em grandes volumes. Segundo ela, a produção do pré-sal, que responde por mais de 80% das reservas da estatal, começará a declinar a partir de 2029 ou 2030. A diretora defendeu autorização para exploração da Margem Equatorial, permissão que está empacada no Ministério do Meio Ambiente.
O declínio do pré-sal daqui a 5 anos decorre da exploração desmedida das reservas, voltada para exportação de óleo cru sem agregar valor. Nesta segunda-feira, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic) divulgou o resultado da balança comercial de 2024. O petróleo bruto tomou o lugar da soja entre as maiores exportações brasileiras no ano passado. O valor exportado subiu 5,2%, com o volume embarcado aumentando 10,1%, e o preço médio caindo 4,4%. O valor chegou a US$ 44,8 bilhões (a China ficou com quase a metade: US$ 20 bilhões).
Dessa forma, jogamos fora a oportunidade de utilizar o petróleo descoberto no pré-sal para o desenvolvimento do Brasil. Segundo o engenheiro Fernando Siqueira, da AEPET (Associação dos Engenheiros da Petrobrás), o petróleo do pré-sal poderia acabar com todos os nossos problemas sociais, econômicos e financeiros.
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