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'Brasil vai na contramão com o contínuo aumento nos combustíveis'

Para especialista em Direito Internacional, barril de petróleo está em queda, mas os reflexos não são vistos no país

Publicado em 01/07/2022
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"O Brasil vai na contramão com o contínuo aumento no valor dos combustíveis". A opinião é do advogado Daniel Toledo, que atua na área do Direito Internacional.

Segundo ele, as quedas no valor do barril de petróleo têm sido vistas nas bombas de combustível em solo americano.

"Eu pagava aproximadamente US$ 5,20 no galão de gasolina. Da última vez que fui abastecer estava US$ 4,90 por galão. Ou seja, esse decréscimo que aconteceu nos últimos dias pôde, efetivamente, fazer a diferença no ato do pagamento", revela.

Por outro lado, mesmo com essa queda, a Petrobras autorizou o aumento nos valores de combustíveis no Brasil.

"Infelizmente, no Brasil o cenário não se movimenta da mesma maneira que em outros lugares, principalmente se comparado aos EUA e muitos países da Europa, que seguem na mesma linha de: subiu o preço do barril de petróleo, o combustível sobe junto. Baixou, deve seguir o mesmo movimento. Mas não é isso o que temos visto", lamenta.

Recentemente, uma legislação foi aprovada pelo Congresso Nacional, reduzindo o ICMS de combustíveis no Brasil. No entanto, não é isso o que a população tem presenciado nos postos.

"Quando uma lei é aprovada, infelizmente não significa que ela será, de fato, implementada. As instituições conseguiram diminuir o imposto nessa categoria, mas esse valor reduzido acabou se tornando lucro para postos de gasolina, que não repassaram a redução para o consumidor final", relata o advogado.

O especialista afirma que os constantes aumentos geram reflexos negativos em toda a indústria brasileira.

"Conseguimos ver uma série de segmentos da economia sendo impactados. Quando o valor do combustível aumenta, sobem os preços de transportes, os caminhoneiros cobram mais caro no frete e, quando escolhem por manter os preços, reduzem suas margens de lucro e sofrem com os constantes aumentos em diversos setores. Isso é um completo absurdo. Principalmente se tratando de uma empresa como a Petrobras, que deveria ser um patrimônio da população brasileira", declara.

Para Toledo, os constantes aumentos atrasam o próprio desenvolvimento do País e seus cidadãos.

"O brasileiro, cada vez mais, compra e vende carros populares, enquanto em outros países os veículos considerados 'de luxo' no Brasil, são comercializados frequentemente e a maioria da população pode ter acesso a esses carros, como o Corolla da Toyota ou o Cruze da Chevrolet, por exemplo. Esses automóveis são vendidos a preços astronômicos, principalmente por conta dos impostos abusivos que são cobrados".

Pesquisa realizada no Google Trends, nos últimos 12 meses, ficou claro que a busca por carros elétricos aumentou significativamente a partir de maio, quando os preços da gasolina dispararam, com o preço da gasolina a quase R$ 10 em alguns estados brasileiros.

No país, Sergipe, Alagoas, Tocantins, Pernambuco e Rondônia, foram os cinco mais relevantes neste aumento de busca. As marcas mais buscadas foram JAC e Caoa Cherry, que têm trabalhado bastante em marketing para este tipo de veículo.

Fonte: Monitor Mercantil

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