Brics+ será gigante em alimentos e energia
Bloco ampliado desafia EUA rumo a nova ordem mundial
A expansão do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) pode resultar em uma nova ordem mundial em que os Estados Unidos não vão dominar a política global pela primeira vez desde a 2ª Guerra Mundial, analisa o cientista político canadense Abishur Prakash em artigo no South Morning China Post. Argentina e Irã já manifestaram interesse em integrar formalmente o bloco; Arábia Saudita é outra candidata.
O Brics+ teria ampla presença na produção global de alimentos. Prakash cita que a Argentina é o 2º maior exportador mundial de milho (depois dos EUA), Índia é grande produtora de arroz e trigo, Rússia tem cevada, trigo e óleo de girassol, China, o algodão, e o Brasil é um dos líderes na soja. "O Brics ampliado tem o cesto alimentar que todo o mundo deseja. É provável que o Brics+ possa estabelecer uma troca de alimentos em que as nações comprem suas necessidades essenciais", destacou o cientista político.
Há também a força na área energética. Rússia e Arábia Saudita juntas produzem quase 20 milhões de barris do petróleo por dia. A adesão do Irã só reforçaria essa posição, isso sem contar com o pré-sal brasileiro. "Até agora no mundo não há nenhum grupo que reúna exportadores e importadores. O Brics+ poderia mudar a situação", afirmou Prakash.
Brics e mídia
No próximo dia 8 será realizado, online, o 5º Fórum de Mídia dos Brics, com o tema "Construindo consenso do Brics, promovendo o desenvolvimento global".
Marcos De Oliveira produz a coluna Fatos&Comentários no Monitor Mercantil
Fonte: Monitor Mercantil
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