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Dando pérolas aos porcos

A questão, agora, não é saber se Prates sobrevive ao naufrágio onde ele mesmo se colocou. Mas o tamanho dos danos que a empresa tem sofrido e como, quando e por qual direção serão reparados.

Publicado em 23/11/2023
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Enquanto soçobra nas intrigas palacianas, o presidente da Petrobrás, Jean Paul Prates, está ultimando seu plano estratégico para a empresa que, segundo informações de colunistas da imprensa corporativa, irrita tanto o presidente Lula como o ministro de Minas e Energia. Isso porque, o tal plano, não prevê “abrasileirar ainda mais o preço dos combustíveis (o fim do efetivo do PPI)” e tem foco na “transição energética”. Parece que Prates optou por seguir dando as parcas “pérolas” do já minguado orçamento de investimento do Petrobrás às corporações estrangeiras que oferecem as “soluções tecnológicas verdes”.

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Não é surpresa para a AEPET e seus leitores. Antes mesmo de sua indicação ao posto, artigo do vice-presidente da Associação, Felipe Coutinho, apontava o histórico contrário ao interesse nacional e à Petrobrás de Prates. https://aepet.org.br/artigo/jean-paul-prates-revelado/

Além disso, Prates e o diretor de transição energética da Petrobrás Maurício Tolmasquim, resolveram colocar na granja mais algumas cabeças de suínos para disputarem as “pérolas” do investimento: produtores, processadores e comercializadores de soja. É o que nos revela, mais uma vez, Felipe Coutinho no artigo “Processar óleo de soja nas refinarias da Petrobrás é uma péssima decisão disfarçada de verde

Coutinho se refere à ideia de Prates e Tolmasquim de investir para adaptar e transformar refinarias da Petrobrás em processadoras de óleo de soja para a produção de Diesel Renovável e BioQAV.

O artigo denuncia o erro técnico, econômico e empresarial de tal opção e suas graves consequências para o consumidor final de diesel e querosene de aviação, além do impacto direto no consumidor doméstico do óleo de soja. Ou seja, a maioria dos brasileiros.

“A decisão de processar óleo de soja nas refinarias da Petrobrás é um péssimo negócio para a companhia que dispõe de excedente de petróleo cru que tem sido exportado. É também uma decisão de natureza política que prejudica a economia nacional e beneficia companhias estrangeiras produtoras e comercializadoras do complexo da soja.

Enquanto os brasileiros perdem ao se distrair com a falácia da “transição energética justa”, ganham os maiores produtores, comercializadores e processadores de soja no Brasil que incluem as seguintes megaempresas estrangeiras: ADM (EUA), Bunge (Holanda), Cargill (EUA), Louis Dreyfus (França) e Cofco (China)”, enfatiza Coutinho.

A questão, agora, não é saber se Prates sobrevive ao naufrágio onde ele mesmo se colocou. Mas o tamanho dos danos que a empresa tem sofrido e como, quando e por qual direção serão reparados.

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