Energia elétrica revoga lei de mercado
Aumento de oferta fará com que consumidores paguem contas de energia elétrica maiores
Em artigo num jornal do Rio, Edvaldo Santana, que foi diretor da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), destaca que, em 2027, a energia gerada por fontes renováveis variáveis (FRVs), especialmente usinas eólicas e solares, atingirá mais de 100 GW. Isso praticamente equivale ao consumo máximo previsto para aquele ano: 108 GW.
O total de geração (além das FRVs, hidráulica, térmica etc.) será de 281 GW. Quase 3x o consumo máximo. Isso significará uma grande redução na tarifa de energia elétrica? Não. Por conta da intricada regulação do setor, o consumidor bancará usinas que não gerarem energia e pagará mais caro, alerta Santana.
Teremos assim a revogação de uma lei: a lei de mercado, em nome da qual privatizações foram feitas e regras modificadas no setor de energia elétrica. Assunto abordado na nota “Por que novo aumento da tarifa de energia acima da inflação?”, publicada aqui no início do mês passado.
Mais interessante do que o consumidor pagar mais caro, quando teremos energia sobrando, é saber que as distribuidoras não estão nadando em dinheiro.
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