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Estado nacional ou estado colonial?

Diante da cada vez mais incerta possibilidade de obter a reeleição, o atual governo acelera o desmonte

Publicado em 09/06/2022
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da capacidade de autonomia decisória do Brasil colocando a venda dois pilares da produção e da tecnologia para energia nacional: Petrobrás e Eletrobras.

Neste mesmo momento a imprensa internacional noticia a crise da energia na Europa, pelo corte do suprimento de gás pela Rússia. Esse fenômeno já ocorreu no Brasil dos anos 1920, quando a energia aqui consumida era 100% importada. O controlador da capacidade de abastecimento de derivados de petróleo para nosso País era a estadunidense Standard Oil, aqui chamada Esso.

Naquela época, as grandes produtoras e vendedoras de petróleo no mundo haviam acordado sua divisão entre elas para evitar que os preços não atendessem aos seus interesses de lucro.

Em 27 de agosto de 1928, magnatas de petróleo de todo o mundo reuniram-se para formar a aliança que evitasse o confronto e a redução do lucro. O Acordo Achnacarry (um castelo na Escócia) marcou a criação do cartel internacional do petróleo, cujos membros se reservavam o direito de partilhar o mercado de petróleo e fixar os preços como quisessem.

O sistema financeiro internacional vem adquirindo empresas de todos os seguimentos para fazer seus novos acordos de Achnacarry. São a BlackRock, a Vanguard, a State Street, a Fidelity, a Capital Group, a J.P. Morgan, a PIMCO, entre poucas mais, que detêm o controle das indústrias farmacêuticas, siderúrgicas, eletromecânicas no mundo onde o Estado se afastou. É a nova feição das colônias e das metrópoles, existentes até a II Guerra Mundial. Agora não são países, são as gestoras de ativos que colonizam os Estados que não preservam sua soberania.

O que os governos Fernando Henrique Cardoso, Temer e Bolsonaro fizeram e estão fazendo com o Brasil é retornar à situação existente antes da Revolução de 1930.

Não havia legislação trabalhista, previdenciária, os trabalhos eram precários e dependiam apenas da vontade do empregador, pouco se produzia no País, quase todos equipamentos domésticos, os veículos de transporte, muitos produtos alimentícios eram importados, e, consequentemente, inacessíveis, inatingíveis para a imensa maioria dos brasileiros. Poucos, pouquíssimos podiam desfrutar de uma pera, de uma garrafa de vinho, possuir uma geladeira, era o Brasil de meia dúzia de senhores escravagistas, possuidores das terras, exportadores e repressores a qualquer reivindicação, a qualquer manifestação popular.

Como estamos vendo acontecer hoje, com o desmonte da Nação. O Brasil arduamente construído pelas três últimas gerações, que fizeram de um país sem petróleo e combustíveis, uma Nação autossuficiente e a mais desenvolvida tecnologicamente na área do petróleo, volta pelo Preço de Paridade de Importação (PPI), por governantes entreguistas, pela falta de política nacional de energia e de todas atividades para a atuação do Estado Nacional à situação de 1929: um Estado Colonial.

Reflitam brasileiros! Amanhã pode ser nunca, pode não ocorrer jamais.

ENERGIZANDO

*Desfecho dos poucos exemplos conhecidos de grandes petrolíferas privatizadas é muito didático

https://rosangelabuzanelli.com.br/desfecho-dos-poucos-exemplos-conhecidos-de-grandes-petroliferas-privatizadas-e-muito-didatico/

**AIE: Europa pode ver racionamento de energia neste inverno

https://oilprice.com/Energy/Crude-Oil/IEA-Europe-Could-See-Energy-Rationing-This-Winter.html

***A ONU alerta que a atual crise alimentar pode levar a uma catástrofe global em 2023

https://actualidad.rt.com/actualidad/432254-onu-alerta-crisis-alimentaria-catastrofe-global-2023

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