Ex-diretor da Petrobrás pede à Justiça que bloqueie pagamento de dividendos
FUP e Anapetro também na Justiça para barrar o pagamento
A Petrobrás comunicou na sexta (4/11) que Guilherme Estrella, ex-diretor de E&P da companhia nos governos do PT, solicitou o bloqueio de R$ 32,1 bilhões em dividendos que seriam pagos antecipadamente ao governo federal.
Estrella pediu estudos para comprovar que a distribuição não compromete a competitividade da empresa.
MP de Contas
Também na sexta, o MP junto ao Tribunal de Contas da União (TCU) pediu a suspensão do pagamento antecipado de dividendos, de cerca de R$ 43,7 bilhões, aprovado pelo Conselho de Administração da Petrobras na semana passada.
Veja também: MP do TCU pede suspensão de pagamento de megadividendo da Petrobrás
"Decisões da estatal novamente surpreendem com distribuições de dividendos em valores astronômicos. Ratifico minha preocupação no sentido de que possuo receio de que as eventuais distribuições possam comprometer a sustentabilidade financeira da companhia no curto, médio e longo prazo", afirma o subprocurador-geral Lucas Furtado.
É a antecipação de um tema central na campanha de Lula: a retomada dos investimentos da Petrobras. Em carta publicada antes do segundo turno, Lula afirma que a companhia deve voltar a ser indutora do desenvolvimento.
"Os bancos públicos, especialmente o BNDES, e empresas indutoras do crescimento e inovação tecnológica, como a Petrobras, terão papel fundamental neste novo ciclo".
A antecipação de dividendos causou indignação na equipe do presidente eleito Lula, que tenta impedir o pagamento. A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, criticou, no Twitter, a "política que retira da empresa sua capacidade de investimento e só enriquece acionistas".
Já na quinta (3/11), dia do anúncio do pagamento, a Federação Única dos Petroleiros (FUP) e a Associação Nacional dos Petroleiros Acionistas Minoritários da Petrobras (Anapetro) anunciaram que iriam à Justiça para barrar o pagamento.
Com informações da Isto é dinheiro
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