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Frente Parlamentar quer impedir privatização da Petrobrás

Entrega da Vale foi lembrada como exemplo de fracasso

Publicado em 23/05/2019
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Na última quarta-feira (22), durante audiência pública da Comissão do Trabalho, da Previdência, foi lançada na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) a Frente Parlamentar em Defesa da Petrobrás. A iniciativa é da deputada Beatriz Cerqueira (PT).

Os convidados enfatizaram que a Petrobrás é uma empresa importante para geração de tecnologia e para a soberania nacional e não pode ser privatizada, como pretende o atual governo.

O secretário-geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT-MG), Jairo Nogueira Filho, que negou a ideia de que a empresa deve estar voltada apenas para a exploração de petróleo. “Até a década de 1980, a Petrobrás era basicamente uma empresa de refino e distribuição de petróleo. Só com a fantástica descoberta da Bacia de Campos é que se desenvolveu a tecnologia de exploração”, disse, ponderando que todas as grandes petroleiras do mundo atuam em todas essas frentes, de forma vertical, para garantir o domínio de toda a cadeia produtiva. 

Nogueira lembrou que o governo federal, sob o comando de Jair Bolsonaro (PSL), está privatizando a empresa de forma ilegal, como no caso da venda de gasodutos no Norte e Nordeste, entregues sem licitação.

 

Desenvolvimento tecnológico

Alexandre Finamori, diretor do Sindicato dos Petroleiros de Minas Gerais, lembrou dos investimentos em usinas de biomassa nas regiões do semiárido, que não apenas significaram desenvolvimento tecnológico, mas também geração de renda para milhares de famílias de regiões pobres do País. Uma dessas usinas já foi fechada pelo governo de Jair Bolsonaro e outras duas estão sob ameaça, uma delas em Montes Claros.

Alexandre Finamori lembrou que até hoje o Brasil importa fertilizantes, em especial da Rússia, e uma usina de fertilizantes prevista para ser implantada em Uberlândia já foi cancelada pela atual gestão federal.

Finamori disse ainda que, quando o pré-sal foi descoberto, o governo federal chamou empresas privadas para explorarem a área. Nenhuma teria aceitado o desafio porque o risco era alto, a tecnologia necessária inexistente e a exploração não era viável economicamente. “O Estado investiu, a Petrobrás desenvolveu a tecnologia e o Brasil dobrou sua produção de petróleo”, disse.

Educação

A diretora da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Marilda de Abreu Araújo, lembrou que quando o pré-sal foi descoberto uma lei aprovada pelo governo federal em 2013, na época comandado por Luís Inácio Lula da Silva (PT), determinou que 75% dos royaltes da exploração fossem destinados à educação e o restante à saúde.

Lei posterior, já no governo de Michel Temer, extinguiu a obrigatoriedade. “A estimativa é que a educação perdeu, com a retirada dessa obrigatoriedade, R$ 360 milhões que poderiam ser investidos nos próximos 15 anos”, disse Marilda Araújo.

A deputada Beatriz Cerqueira fez coro e lembrou que a sociedade deveria discutir como usar esse dinheiro para levar a educação brasileira a um novo patamar e não tentar resistir a cortes sucessivos em todos os níveis da educação pública, conforme proposto pelo presidente Jair Bolsonaro. “Temos que combater esse discurso fácil de que tudo que é público é ruim e que o melhor é privatizar. Melhor para quem? A Vale é o exemplo que temos de empresa que foi privatizada e que colocou o lucro acima de todas as outras prioridades, até da vida. Privatizar mata”, disse a parlamentar.

Com informações da ALMG

 

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