"Gasolina e diesel deveriam ter caído muito mais. Estamos sendo roubados", diz Oliveira
"Somente uma nação sem soberania permite que seu povo seja ludibriado desta forma"
O editor do site Soberano Brasil e diretor da AEPET, Cláudio Oliveira, voltou a denunciar a gestão dos preços dos combustíveis pela Petrobrás como lesiva ao consumidor brasileiro e ao país. Oliveira, que elabora um sinalizador de preços para o Soberano Brasil, pondera que a redução em 5,77% no preço da gasolina (em 28/07) e de 3,56% para o diesel (04/08) ainda mantém patamar acima da PPI, já que a cotação do petróleo desabou 13,80%:
Cláudio, que é economista, observa que, em 04/08, o dólar era cotado a R$ 5,21 e o petróleo a US$ 94,12 o barril. "Portanto em apenas 10 dias o preço do barril em reais caiu para R$ 490,36 (5,21×94,12). Uma queda de 13,80% em apenas 10 dias. Mas já naquele momento (25/07) os preços da Petrobrás estavam acima do PPI, como mostra o gráfico a seguir:
Fonte: www.soberanobrasil.com.br
"Todos sabemos que os principais fatores para ajustes do PPI são o cambio (real x dólar) e o preço internacional do petróleo. Há apenas 10 dias (25/07) o dólar era cotado a R$ 5,41 e o petróleo a US$ 105,15 o barril. Portanto o preço do barril em reais há dez dias era de R$ 568,86 (5,41×105,15). Vejam que em 04/08, mesmo com as reduções feitas, a gasolina fechou a +12,81% e o diesel +45,72% em relação ao PPI. É por isto que não temos ouvido qualquer reclamação da ABICOM (Associação Brasileira do Importadores de Combustíveis), pelas reduções de preços. Eles, e a Petrobrás, estão trabalhando com margens altíssimas", afirma, acrescentando: "Estamos sendo duplamente roubados".
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Oliveira reclama também da hipocrisia do governo, que atua como se tudo fosse consequência de sua intervenção na estatal. "O Ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, comemorou a ínfima redução do preço do Diesel. Mas a maioria do povo brasileiro, acostumada com os frequentes aumentos, não é informada de que, muitas vezes, os preços deveriam estar sendo reduzidos", resume.
Por Rogerio Lessa
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