o governo utilizará uma lei de emergência que exigirá produção máxima de usinas movidas a carvão importado, informa a Reuters, citando o ministério de energia indiano.

A lei de emergência reflete uma situação em que as usinas que funcionam com carvão importado mais caro estão tendo dificuldade em competir de maneira econômica com usinas que podem operar com carvão doméstico mais barato.

A partir de 16 de março e terminando em 15 de junho, todas as usinas de energia terão que operar com capacidade máxima e vender para compradores nas bolsas, independentemente de suas fontes de carvão ou preços de carvão, disse a Reuters citando um memorando interno do ministério.

A Índia espera um uso recorde de energia neste verão, com pico de demanda em abril de 229 gigawatts.

A Índia ainda depende do carvão para cerca de 70% de sua geração de eletricidade.

As usinas que importam carvão mais caro foram atingidas por preços ainda mais altos desde que a UE proibiu as importações de carvão russo em agosto passado, fazendo com que os preços do carvão subissem globalmente.

O governo da Índia espera que as usinas a carvão usem 8% a mais de carvão no próximo exercício financeiro entre março de 2023 e março de 2024, já que a demanda deve continuar aumentando graças à crescente atividade econômica e ao clima imprevisível.

No final do ano passado, o ministro do carvão da Índia disse que o país não tinha intenção de abandonar o carvão de sua matriz energética tão cedo, com o ministro do Carvão Pralhad Joshi projetando que o combustível fóssil continuaria a desempenhar um papel importante na Índia até pelo menos 2040.

A invocação da lei de emergência ocorre em um momento difícil para o Adani Group, o enorme conglomerado indiano que controla minas de carvão, portos e outros setores da indústria na Índia, que viu suas ações despencarem após um relatório de venda a descoberto alegando fraude e manipulação.

Fonte: Oilprice.com