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Lucros das petroleiras sobem 2,5x e vão a US$ 174 bilhões

Shell não pagará 1 centavo sobre lucros extraordinários.

Publicado em 28/10/2022
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Os lucros das maiores empresas privadas de petróleo do mundo em 2022 devem subir para quase US$ 174 bilhões até setembro, segundo estimativas de analistas citados pelo jornal britânico The Guardian. Em 2021, as sete grandes lucraram nos nove meses US$ 65,4 bilhões.

A Shell (Reino Unido) e a TotalEnergies (França) divulgaram nesta quinta-feira os lucros nos primeiros nove meses de 2022, que juntos somam quase US$ 59 bilhões. As norte-americanas Chevron e ExxonMobil devem reportar ganhos acumulados próximos a US$ 70 bilhões nesta sexta-feira.

A britânica BP deve quebrar a marca de US$ 20 bilhões; o valor será publicado na próxima terça-feira. Completam a lista ConocoPhilipps e ENI. As previsões são de analistas coletadas pela S&P Global Market Intelligence, além dos lucros divulgados.

A Shell lucrou quase US$ 9,5 bilhões no terceiro trimestre, mais do que o dobro do que fez no mesmo período do ano anterior. No acumulado do ano, são US$ 30,1 bilhões.

A petroleira britânica não pagou um centavo de imposto sobre lucros inesperados (windfall tax) no Reino Unido, apesar de ter obtido lucro recorde este ano de US$ 30,1 bilhões até setembro. A companhia disse que não pagou a taxa e não esperava fazê-lo ao longo de 2022, porque sua corporação britânica não obteve lucros durante o trimestre, em parte por causa dos pesados gastos com a perfuração de mais petróleo no Mar do Norte.

A multinacional francesa TotalEnergies divulgou nesta quinta-feira que seu lucro líquido subiu para US$ 6,6 bilhões no terceiro trimestre de 2022, um aumento de 43% frente ao ano passado. Nos primeiros nove meses de 2022, a companhia lucrou US$ 28,7 bilhões.

Em um comunicado à imprensa, Patrick Pouyanne, CEO da petroleira, disse que o segmento integrado de gás, energias renováveis e energia do grupo registrou uma receita operacional líquida ajustada recorde impulsionada pelo aumento da média de gás natural liquefeito (GNL).

“Neste ambiente favorável, levando em conta impostos de renda e produção de US$ 26 bilhões em todo o mundo, a empresa está implementando uma política equilibrada de compartilhamento de valor com um bônus salarial excepcional de um mês em 2022 para todos os seus funcionários em todo o mundo”, disse ele. Não foi revelado se o bônus dos executivos será similar.

Desde o final de setembro, várias instalações da Total foram fechadas na França devido a greves em muitas refinarias da empresa. Os grevistas exigiam um aumento salarial para compensar a disparada da inflação. As greves aumentaram o medo entre os franceses sobre a escassez de combustível. A primeira-ministra francesa Elisabeth Borne ordenou que as autoridades locais requisitassem os trabalhadores necessários para garantir o abastecimento de gasolina nos postos de gasolina.

Fonte: Monitor Mercantil com Agência Xinhua

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