Lula sai em defesa das pesquisas exploratórias na Margem Equatorial
“Eu acho que essa é uma decisão muito importante, uma decisão que o Estado brasileiro tem que tomar. Mas o que não podemos é deixar de pesquisar", disse Lula
O presidente Lula saiu em defesa do projeto de exploração de óleo e gás na Margem Equatorial brasileira. Para ele, o sonho de estudar o potencial petrolífero da região ainda não terminou. Apesar da recente negativa do Ibama, que se recusou a emitir a licença ambiental para que a Petrobrás perfurasse um poço na área, Lula disse que essa decisão não é definitiva.
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Além disso, ele frisou que a palavra final sobre o tema cabe ao Estado brasileiro como um todo e não apenas ao Ibama. Embora tenha ressaltado que é preciso ter todo o cuidado para não afetar o meio ambiente, Lula lembrou que o país não pode deixar de estudar o potencial petrolífero da região, ouviu Marina ?
“Eu acho que essa é uma decisão muito importante, uma decisão que o Estado brasileiro tem que tomar. Mas o que não podemos é deixar de pesquisar. E vamos então pesquisar. Nós estamos num processo de discussão interna e acho que logo, logo teremos uma decisão do que pode ser feito. Temos que explorar primeiro, fazer a pesquisa. Se a pesquisa apontar, constatar que temos o que a gente pensa que tem lá embaixo, aí sim nós vamos fazer a segunda discussão, que é como fazer para explorar sem causar nenhum prejuízo a qualquer espécie amazônica”, afirmou Lula durante uma entrevista a rádios da Amazônia, durante a manhã de hoje (3).
Depois da negativa do Ibama, a Petrobrás apresentou um pedido de reconsideração ao órgão ambiental. A empresa também se comprometeu a ampliar a estrutura de resposta a emergência, sendo a maior já dimensionada pela estatal no país, superando até mesmo as já existentes nas bacias de Campos e Santos.
“Eu vou dizer para vocês que podem continuar sonhando e eu também quero continuar sonhando [com a exploração na Margem Equatorial]. Nós tínhamos a Petrobrás com uma plataforma preparada para fazer pesquisa nessa região [referindo-se à sonda de perfuração ODN II]. Houve um estudo do Ibama que dizia que não era possível, mas esse estudo do Ibama não é definitivo, porque eles apontam falhas técnicas que a Petrobrás tem o direito de corrigir”, destacou.
O poço que a Petrobrás pretende perfurar está no bloco FZA-M-59, localizado em alto mar, a cerca de 175 km da costa do Amapá e a 560 km de distância da foz do Rio Amazonas. O objetivo desse poço é verificar e dimensionar a presença de petróleo em águas profundas em profundidade de aproximadamente 3 mil metros.
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