Manchetômetro: a Lava Jato nos jornais
Jornalões vendem ideia de quelutar contra a corrupção justifica falta de ética
O Manchetômetro é produzido pelo Laboratório de Estudos de Mídia e Esfera Pública (LEMEP), grupo de pesquisa com registro no CNPq, e sediado no Instituto de Estudos Sociais e Políticos (IESP) da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Veja a análise do comportamento da mídia diante da promíscua relação entre juíz e procuradores na operação lava jato.
Série M: A Vaza Jato nos jornais - dia 5
No dia 5 do escândalo da Vaza Jato, 14 de junho, confirma-se a mudança de enquadramento da cobertura dos jornais impressos. Após um momento inicial de divergência, os grandes jornais parecem agora confluir para uma cobertura que remete ao segundo plano, quando não oblitera, as questões éticas, legais e políticas relativas à colaboração entre juiz e procuradores reveladas nos diálogos, ao passo que aposta no enquadramento do escândalo com um crime de invasão de privacidade que atenta contra as instituições públicas e o legado da luta contra a corrupção da Operação Lava-Jato.
Tal enquadramento desqualifica os vazamentos tanto pela forma como foram obtidos como por seu conteúdo – que, segundo Moro e os jornais, pode ser adulterado -, ao mesmo tempo que sugere que o suposto bem da luta contra a corrupção suplanta qualquer deslize cometido pelos agentes que o produziram, isto é, Moro e os procuradores.
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