Municípios gaúchos resistem a plano de privatização do saneamento
Baixa adesão de prefeitos a novos contratos pode reduzir interesse por ações da Corsan
O governo do Rio Grande do Sul encontrou grande resistência entre municípios do interior do estado ao plano de privatização da Corsan, companhia estadual de saneamento básico que pretende colocar à venda no início do próximo ano.
Somente 31 dos 317 municípios atendidos pela empresa atualmente assinaram novos contratos com ela até a tarde desta quinta (16), último dia fixado pela legislação estadual para adesão das prefeituras a uma etapa crucial para o sucesso da privatização.
O novo marco legal do setor de saneamento obriga municípios com contratos vencidos a abrir licitação pública para contratar novos concessionários, mas permite a renovação de contratos com as companhias estaduais que estiverem a caminho da privatização, o que as torna mais atrativas para os investidores.
Muitos municípios atendidos pela Corsan têm dúvidas sobre os ganhos que podem obter com a privatização, apesar dos incentivos oferecidos pelo estado. Os que assinaram novos contratos, com prazo de validade até 2062, receberam ações da empresa e garantias de manutenção das atuais tarifas sem reajustes além da inflação.
Os 31 municípios que aderiram ao plano do governo reúnem cerca de 2,6 milhões de habitantes, menos da metade da população atendida pela Corsan, que vive em cidades de pequeno e médio porte do interior e da região metropolitana de Porto Alegre. A empresa esperava assinar mais contratos na noite de quinta.
Fonte: Folha de São Paulo
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